Paciente com suspeita de ebola chega ao Rio

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Primeiro o paciente suspeito de ebola do Brasil, Souleymane Bah, chegou ao Rio de Janeiro na manhã desta sexta-feira (10). O africano de Guiné estava internado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) II, em Cascavel (PR), e foi transportado em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), referência em doenças infecciosas.

Até o início da noite quarta-feira (9), Bah, de 47 anos, estava subfebril e não apresentava hemorragia, vômitos ou quaisquer outros sintomas. Por estar no 21º dia, limite máximo para o período de incubação da doença, foi considerado caso suspeito e permanece isolado, seguindo os protocolos internacionais.

 Recepção no Brasil

O paciente embarcou da Guiné para o Brasil no dia 18, com escala em Marrocos. Ele chegou no Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos (SP), no dia 19, de onde seguiu para Cascavel.

Os sintomas começaram na quarta-feira (08), já em Cascavel. No País, o paciente, que é refugiado político, vivia em uma casa na companhia de dois casais. Quando chegou à UPA, no entanto, ele já não apresentava nenhum sintoma.

 O comerciante pediu refúgio às autoridades brasileiras na delegacia da PF em Dionísio Cerqueira (SC), fronteira com a Argentina De acordo com o documento expedido pela Coordenação Geral de Polícia de Imigração, poderá permanecer no país por um ano, quando expira o prazo de validade do documento emitido pela Polícia Federal.

 De acordo com o documento expedido, Souleymane não pode ser deportado em virtude de raça, religião, nacionalidade, grupo social ou opinião política. Conforme a Lei 9.474/1997, o documento assegura ao africano os mesmos direitos que qualquer estrangeiro em situação regular no Brasil e deve ser tratado sem discriminação de qualquer natureza.

Sobre Ebola

 O mundo vive hoje a pior epidemia de ebola da história. Foram registrados 8.011 casos na Guiné, Libéria e Serra Leoa, com 3.857 mortes, de acordo com dados da Organização Mundial de Saúde.

 Nigéria, Senegal e Estados Unidos e Espanha apresentaram transmissões localizadas. Juntos, foram contabilizados nestes países 21 pacientes com a doença e 8 mortes. Transmitida por um vírus, a doença é fatal em cerca 65% dos casos.

 A infecção ocorre através do contato com sangue, fluidos corporais da pessoa infectada ou do animal doente, como macacos, capivaras e porcos-espinhos. Ao contrário de outras doenças, no entanto, a transmissão ocorre quando o paciente já apresenta os sintomas da infecção. Os principais são febre, fraqueza, dores abdominais, vômito e hemorragias.

Foto: Arquivo Primeira Hora

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