Pode parecer uma eternidade, mas segundo a lenda, se você tivesse mesmo engolido um chiclete naquela época, seu corpo só estaria terminando sua digestão agora.
Na infância, um de nossos maiores terrores era a ideia de engolir uma goma de mascar – e de passar sete anos com ele na barriga.
Mas será que isso seria cientificamente possível?
Um chiclete é composto de uma base de goma, açúcar (ou adoçante), aromatizantes, conservantes e emolientes.
Ingredientes como açúcares e aromatizantes, como o óleo de hortelã, por exemplo, se quebram facilmente em nosso sistema digestivo e são excretados rapidamente.
O mesmo ocorre com emolientes, como óleos vegetais e a glicerina, que não representam um problema para o sistema digestivo.
Portanto, o único ingrediente do chiclete que teria que enfrentar tanto os ácidos do estômago quanto as enzimas digestivas do intestino é a base de goma.
Os primeiros chicletes industriais eram fabricados com chicle, a seiva do sapotizeiro, árvore originária da América Central.
Mas o produto se popularizou durante a Segunda Guerra Mundial, graças aos soldados americanos, e o cultivo de sapotizeiros não atendia mais à demanda.
Hoje, a maioria das gomas de mascar usa outros polímeros naturais ou sintéticos. A Food and Drug Administration (FDA), órgão que regulamenta a comercialização de alimentos e medicamentos nos Estados Unidos, autoriza o uso de várias substâncias, inclusive o butil, uma borracha sintética usada para fazer câmaras de pneus.
Cada fabricante tem sua própria receita, com o objetivo de conseguir um teor de elasticidade perfeito