O governador Luiz Fernando Pezão explicou o investimento abaixo do determinado

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O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (MDB), afirmou que a crise financeira e os arrestos judiciais nas constas do governo foram a razão pela qual o investimento de recursos na Saúde ficou abaixo dos 12% fixados pela Constituição. Por isso, o Ministério Público do RJ pediu o afastamento de Pezão do cargo.

“Tivemos R$ 8,6 bilhões de arrestos da Justiça e ficamos 46 dias sem acesso ao caixa do Estado por conta de determinação judicial. O governador em exercício, meu vice [Francisco Dornelles], precisou decretar estado de emergência”, afirmou Pezão.

Em 2016, o governo do RJ teria gasto apenas 10,42% do orçamento na Saúde, sendo o estado do país com o menor percentual de investimento na área.

Pedido de afastamento

Na quinta-feira, o MP-RJ pediu que o governador deixe o cargo e que os direitos políticos dele sejam suspensos por até oito anos, porque o investimento na Saúde no estado não atingiu os 12%. A ação foi distribuída para 14ª Vara da Fazenda Pública da Capital.

O percentual foi calculado pelo Tribunal de Contas do Estado. Pelas contas do Ministério Público, mais de R$ 574 milhões deixaram de ser repassados. À Justiça, Pezão reconheceu que não foi atingido o índice constitucional, mas alega que a falta de repasse aconteceu devido à crise financeira do estado.

Os promotores afirmam que a conduta do governo agravou o panorama da Saúde Pública do estado. Eles querem que Pezão seja condenado por danos morais coletivos e que pague R$ 5,7 milhões de indenização ao Estado – equivalente a 1% do valor da diferença entre o total que deveria ser aplicado, mas não foi.

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