“Não queremos a ‘chinesada’ quebrando nossas indústrias”, diz Paulo Guedes sobre parceria comercial

BRASILIA, BRAZIL - JUNE 27: Paulo Guedes Brazilian Minister of Economy speaks during the ceremony to unveil a project for new national ID's and passports at Planalto Palace on June 27, 2022 in Brasilia, Brazil.  (Photo by Andressa Anholete/Getty Images)
BRASILIA, BRAZIL - JUNE 27: Paulo Guedes Brazilian Minister of Economy speaks during the ceremony to unveil a project for new national ID's and passports at Planalto Palace on June 27, 2022 in Brasilia, Brazil. (Photo by Andressa Anholete/Getty Images)

Na última sexta-feira (28/8), o ministro da Economia, Paulo Guedes, criticou a China, maior parceiro comercial do Brasil, ao dizer que o presidente Jair Bolsonaro (PL) não vai “botar a ‘chinesada’ para pegar nossa indústria”. A declaração foi dada durante evento com empresários do agronegócio no Rio Grande do Sul.

“O empresariado brasileiro tem uma bola de ferro na perna direita, que são juros muito altos, uma bola de ferro na perna esquerda, que são impostos muito altos. Você bota um piano nas costas dele, que são os encargos trabalhistas, e fala: ‘corre, que o chinês vai te pegar’”, declarou Guedes.

O ministro ainda defendeu a abertura da economia e disse que as empresas brasileiras têm de estar fortes para serem competitivas.

“Não queremos a ‘chinesada’ entrando aqui quebrando nossas fábricas, nossas indústrias, de jeito nenhum. O que queremos é uma coisa moderada. Baixamos o IPI em 35%, vamos acabar com o IPI. O IPI é um imposto de desindustrialização em massa”, afirmou.

“Não vamos deixar a indústria brasileira quebrar de jeito nenhum. Nosso interesse é que ela cresça, mas para ser competitiva ela precisa de um pequeno grau de pressão”, ressaltou o ministro.

A China é a maior parceria comercial do Brasil. De janeiro a julho julho, as exportações brasileiras para o país asiático foram de US$ 55,91 bilhões e as importações somaram US$ 33,75 bilhões.

IPI restaurado

Nesta semana, o governo publicou um decreto que restaurou as alíquotas de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de 109 produtos fabricados na Zona Franca de Manaus. A medida atende a decisões recentes do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que suspendeu trechos de três decretos que cortavam em 35% o IPI da maioria dos produtos fabricados no país.

Fonte: metropoles.com

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