Mulher adoece e morre à espera do marido desaparecido: “Desespero”

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A aflição da família de Oswaldo Vicente da Silva, 73 anos, dura mais de cinco meses. O idoso, morador de Ceilândia Norte, está desaparecido desde 22 de novembro do ano passado, quando teria saído para pescar nas primeiras horas do dia e não retornou. Segundo vizinhos do aposentado, o destino final seria o Córrego Iapi, no Guará. No período, a esposa dele adoeceu e morreu em 25 de fevereiro.

Naquela data, de acordo com a filha dele, Celimar Hilário da Silva, 49, o pai saiu de casa por volta das 6h e disse a uma vizinha que iria pescar. “A minha mãe ainda estava dormindo quando ele saiu”, conta. Da última vez que foi visto, ele vestia calça escura, blusa social branca e carregava uma vara de pescar, além de usar uma máscara vermelha.

De acordo com ela, o idoso costuma ir até um córrego localizado na antiga Vila Iapi, no Guará. “Outra vez, ele demorou a aparecer de volta e nós perguntamos qual o caminho que fazia. Pegava o metrô, descia na Estação Feira e, depois, chegava a este lugar”, detalha a filha.

A família refez todo o percurso, mas não conseguiu encontrá-lo. Segundo Celimar, no fim de novembro, a família soube, por meio das redes sociais, que o idoso teria sido visto dentro de um ônibus rumo ao Recanto das Emas. “Nós continuamos fazendo buscas pelo meu pai, procuramos em matas também, e temos pedido ajuda da população. Uma outra pessoa também entrou em contato conosco e afirmou que o viu na quadra 510 do Recanto”, ressalta.

O desaparecimento foi registrado na 15ª Delegacia de Polícia (Ceilândia Centro), mas a filha alega que os familiares não têm apoio nas investigações. “Não temos conhecimento de que os policiais têm procurado pelo meu pai. Não temos recebido nenhum auxílio deles. O caso também foi direcionado para o Ministério Público, mas nada foi feito até agora. É revoltante”, lamenta.

Sem notícias do marido, a companheira de Oswaldo adoeceu nos últimos meses, precisou ser internada e morreu em 25 de fevereiro, após complicações. “Estamos vivendo o luto pelo falecimento da minha mãe e o desespero sem fim pelas buscas do meu pai. Estamos passando por um momento muito difícil com tudo isso”, diz a filha.

Quem tiver informações sobre o paradeiro de Oswaldo pode entrar em contato com Celimar pelo telefone (61) 98235-1548.

O que diz a PCDF

Ao Metrópoles a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) limitou-se a responder que “a delegacia está investigando o fato. Não há informações para repassar à imprensa.”

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