Moradores de Feira de Santana reclamam da falta de vagas para alunos novos em escolas pública

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Mães e responsáveis por alunos em Feira de Santana, a 100 km de Salvador, reclamam da dificuldade para matricular as crianças em colégios da rede municipal. Algumas pessoas disseram que chegaram na madrugada, pegaram senha na fila e não foram atendidas por falta de vagas em pelo menos 10 escolas da cidade.

Na manhã desta quinta-feira (17), uma fila já estava formada na Escola Arthur Martins da Silva, no bairro Asa Branca. O atendimento começou às 8h.

As mulheres disseram que precisaram chegar cedo, mas sem a certeza que encontrariam vagas, principalmente por causa da confusão que ocorreu na quarta-feira (16) durante a tentativa de matrícula na unidade.

“Ontem eu passei desde cedo. Teve dois carros de polícia e Guarda Municipal. Deram uma senha para as 8h. E primeira pessoa [da fila] não teve vaga. As vagas botaram onde? Minha filha vai fazer 7 anos e nunca estudou. Todo ano que eu venho aqui é essa agonia”, disse a mãe de um aluno, identificada como Graziela.

A Secretaria da Educação de Feira de Santana informou que a dificuldade ocorreu porque algumas escolas registraram demanda acima do esperado pelo crescimento populacional na região.

Ainda segundo o órgão, houve uma ampliação na oferta de vagas para 2022, mas há um limite de vagas na educação infantil para alunos novos porque algumas salas não comportam muitos alunos. A secretaria também disse que há previsão da inauguração de quatro centros municipais de educação infantil nos próximos dias, que deve ampliar a oferta de vagas para novos estudantes.

Mães e responsáveis reclamam de falta de vagas na rede municipal de educação em Feira de Santana — Foto: Reprodução/TV Subaé

Mães e responsáveis reclamam de falta de vagas na rede municipal de educação em Feira de Santana — Foto: Reprodução/TV Subaé

O período de matrícula começou na quarta-feira e segue até o dia 28 de fevereiro. As aulas em Feira de Santana estão previstas para ter início em 21 de março.

Na quarta-feira, um grupo de professores, pais e estudantes de três escolas estaduais da cidade fizeram um protesto contra a municipalização de algumas unidades. A manifestação aconteceu no pátio do Núcleo Territorial de Educação (NTE).

Segundo os manifestantes, a municipalização de escolas estaduais como Leolinda Bacelar, Agostinho Fróes da Mota e Monsenhor Severino Soares, vai prejudicar os estudantes, porque eles vão precisar se deslocar para unidades mais distantes.

A municipalização atende a uma lei federal que determina que o ensino fundamental seja do município e o ensino médio, de responsabilidade do estado. O processo ocorre ao longo dos últimos 20 anos e vai atingir seis escolas da cidade.

O Sindicato dos Trabalhadores da Educação da Bahia (APLB) informou que uma reunião estava marcada com a diretora do NTE, no entanto, foi desmarcada. A data, no entanto, não foi detalhada.

À reportagem da TV Subaé, afiliada da TV Bahia, o NTE afirmou que a reunião entre a comissão de educação do município e a Secretaria de Educação do Estado (SEC) estava marcada, mas precisou ser adiada porque houve uma troca de superintendente da SEC. Uma nova reunião ainda será agendada.

Grupo protesta contra municipalização de escolas estaduais em Feira de Santana — Foto: Reprodução/TV Subaé

Grupo protesta contra municipalização de escolas estaduais em Feira de Santana — Foto: Reprodução/TV Subaé

Informações; G1

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