Monitoramento de transito por câmeras em Feira só servem para multar?, questiona radialista

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Em tempos de Big Brother Feira de Santana na Bahia está parecendo a casa mais vigiada do Brasil. A cidade possui câmeras de monitoramento eletrônico espalhadas pelas principais ruas e avenidas. Qualquer infração que o motorista cometa é flagrado e receberá a notificação em sua residência. As famosas “blitz do IPVA” acontecem em pontos estratégicos da Princesa do Sertão simplesmente não com o cunho educativo, mas puro e exclusivamente com o objetivo de arrecadar.

Na madrugada do último sábado (12), em duas avenidas das mais bem sinalizadas de Feira, um grave acidente tirou a vida de um trabalhador. Neste caso, ao que parece, infelizmente as câmeras que monitoram tudo não flagraram o motorista do veículo Volkswagen, marca Virtus, que, segundo informações colhidas, foi o causador do acontecimento. Mais grave ainda foi que o condutor do referido veículo permaneceu durante algum tempo no local tomando cafezinho e água mineral com gás. A Polícia Militar (PM) chegou ao local para fazer a ocorrência, viu a cena e não conduziu o envolvido para a delegacia, tampouco fez o teste do etilômetro ou alcoolímetro para saber se o cidadão estava ou não sobre o efeito de álcool.

São esses absurdos que contribuem diretamente para a violência no trânsito brasileiro. Transito que, segundo os últimos dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde – (DataSus), somente em 2020 mais de 31 mil pessoas morreram vítimas de acidente de veículos no país. Quiçá, por isso que muitos condutores(as) dirigem embriagados(as) ou até fazendo uso de drogas ilícitas, pois sabem que existe a impunidade e pouquíssimos assassinos do transito vão presos(as) mesmo provocando mortes, como foi o caso, ou lesões graves no trânsito.

Diante dessa atitude da PM há que se questionar: Por que os PMs que cobriram o fato não conduziram o motorista à delegacia? Será que se trata de um colega de farda como estão dizendo e o corporativismo falou mais alto?

Que a Polícia Civil possa investigar direitinho esse fato e o verdadeiro culpado seja punido com o rigor da lei; que as câmeras de monitoramento não sirvam apenas para multar; que as blitz sirvam não apenas para verificar documentos e multar; por fim, que possamos ter um trânsito mais humanizado, menos perverso e que tenhamos motoristas mais conscientes do que é, de fato e de direito, DIRIGIR.

Informações: Conectado News

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