Menina de 10 anos estuprada não consegue permissão para fazer aborto no Paraguai

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Uma criança de 10 anos estuprada pelo padrasto está no centro de uma polêmica no Paraguai. A menina está grávida e a justiça do país negou autorização para que ela realize um aborto. O caso foi denunciado pela mãe da criança, responsável por solicitar a interrupção da gravidez, o que só é permitido no país em caso de riscos para a vida da gestante.

O autor do crime teve a ordem de prisão decretada, mas está foragido. A gravidez foi descoberta quase no quinto mês, depois que a menina sentiu dores e foi levada ao hospital. O episódio atraiu a atenção de organizações internacionais de defesa dos direitos humanos e deu início a um debate sobre as leis de aborto.

“O impacto físico e psicológico de forçar uma menina a continuar com uma gravidez indesejada é equivalente à tortura”, afirmou a vice-diretora da Anistia Internacional para as Américas, Guadalupe Marengo.

A Anistia lançou uma ação para pedir que a gravidez seja interrompida, utilizando a hashtag #NiñaEnPeligro para chamar atenção. Apesar da pressão das organizações, o governo paraguaio informou que não deve intervir, além disso, o ministro da Saúde defende que não há riscos para a menina.

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