Médico acusado de abusar de paciente durante exames para CNH nega o ocorrido: “Não apalpei os seios dela”

médico suspeito

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Um médico de 69 anos fio preso por suspeita de abuso de pacientes durante a retirada e renovação de Carteiras Nacionais de Habilitação (CNHs). O caso aconteceu em Valparaíso de Goiás, na região do Distrito Federal. O médico negou a acusação de apalpar os seios das mulheres.

A mãe de uma ovem de 20 anos, uma das vítimas, fez a declaração. Trecho da denuncia:

– Médico: Perguntei para ela, em termos técnicos, se ela tem ovário policístico.
– Mãe: O senhor perguntou isso depois que apalpou os seis dela?
– Médico: Não, foi antes.
– Mãe: Então o senhor confirma que apalpou os seios dela?
– Médico: Não apalpei os seios dela.

Em nota, o Detran informou que ainda não foi notificado sobre o inquérito. Quando isto acontecer, abrirá uma sindicância para investigar a conduta do médico.

Denúncia

As duas pacientes, de 20 e 43 anos, que procuraram a Polícia Civil para denunciar o médico haviam se consultado no dia 12 de abril. Os policiais o detiveram na última quinta-feira (20).

Responsável por investigar o caso, a delegada Isis Leal explicou que, segundo as vítimas, o médico realizava procedimentos desnecessários para tirar ou renovar CNH.

“Ele pedia que as vítimas agachassem, mesmo de vestido. Tocava partes dos corpos não necessárias, pedia que as vítimas levantassem as blusas e ficava observando, apalpando os seios delas. Isso tudo com a desculpa de verificar se tinha alguma doença ou problema”, disse à TV Anhanguera.

Ao ser preso, o médico também negou os abusos para a polícia. “Ele negou que tivesse tocado as vítimas de qualquer forma e que tenha feito carinhos, como elas confirmaram que aconteceu, e disse que a atitude dele foi normal para o procedimento médico, que seria um clínico que atendia há muito anos e que nunca havia uma reclamação do mesmo sentido”, relatou a delegada.

O médico deve responder por violação sexual mediante fraude. Ele está preso preventivamente.

A Polícia Civil ainda tenta identificar outras vítimas que tenham sido abusadas durante as consultas. As mulheres podem procurar a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) ou fazer a denúncia pelo telefone 197.

Foto | Reprodução

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