Medicamento para lúpus está em falta na rede pública

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O medicamento hidroxicloroquina (reuquinol), para portadores de lúpus, está em falta desde janeiro na rede estadual de saúde, segundo a presidente da Associação Lúpicos Organizados da Bahia (Loba), Jacira Conceição. A estimativa da associação é de que cerca de quatro mil pacientes no estado dependem do remédio.

“Esse medicamento tem que estar sempre disponível. É de alto custo. Uma caixa custa em média R$ 75 e o paciente não pode interromper o tratamento. Há muita gente que não tem condições de comprar”, afirmou Jacira Conceição.

A secretária Lilian Lacerda, 38, está há dois meses sem se medicar. Disse que na semana passada (não precisou o dia) foi ao Hospital Geral Ernesto Simões Filho, mas foi informada de que o item está em falta. “É um medicamento de uso contínuo. A gente pega mensalmente no hospital para tomar um comprimido por dia”, salientou.

Sem trabalhar desde que a doença passou a interferir na sua rotina, Lílian disse não ter condições financeiras de bancar os custos do tratamento. Afirmou também que não é a primeira vez que enfrenta a falta de medicamento na rede estadual. E que tem sentido muitas dores nas articulações.

“Essa é a pior parte. Tem horas que estou andando e caio porque a dor vem forte e eu perco o equilíbrio. Já caí até segurando meu filho de três anos. Ainda tem o inchaço e a pele que fica parecendo que tem sarampo”, disse.

Secretaria nega

Em nota, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia disse que, após cinco meses sem o remédio, a rede voltou a ofertá-lo desde o último dia 6 (há oito dias) e que cerca de 500 pacientes recebem a medicação.

Informou que a falta começou no final de 2014. “Devido à indisponibilidade de orçamento ao final do ano passado não pudemos recompor os estoques de segurança e ficamos sem o medicamento durante o período que o orçamento estava fechado e o recesso da indústria farmacêutica”, afirma a nota oficial.

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