Mecânico é condenado a 16 anos de prisão por matar estudante de Direito

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Nesta terça-feira (28) o mecânico Paulo Henrique Bastos Morais, conhecido como PH foi condenado a 16 anos de prisão em regime fechado em julgamento . Ele foi condenado pela morte do estudante de Direito Matheus Henrique Oliveira Santos, que foi baleado no dia 17 de abril de 2017 e morreu no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) um dia depois. O crime ocorreu na Rua Leolindo Silva, bairro Queimadinha, em Feira de Santana, na frente da casa da namorada da vítima.

A promotora de justiça Semiana Cardoso considerou a pena adequada. “De acordo com o conjunto probatório que temos, principalmente, embasado na própria palavra da vítima que é trazida pelo irmão que prestou socorro assim que o crime aconteceu, a pena foi justa. As testemunhas foram firmes desde o primeiro momento sobre o que ocorreu no momento do crime”, afirmou.

O advogado de defesa Guga Leal considera que a pena não foi justa. Ele explicou que a defesa utilizou a tese da negativa da autoria e que esperava a absolvição do acusado. “Recorremos e agora vamos esperar o Tribunal de Justiça. Em momento algum teve alguma testemunha ocular do fato afirmando que foi ele o autor e em conversas ele sempre manteve a palavra que não foi o autor. Ele não conhecia a vítima e nem a vítima conhecia ele”, afirmou.

Também advogado de defesa, Danilo Morais explicou que a tese de negativa de autoria expôs as dúvidas percebidas no processo. “Em nenhum momento foi falado aos jurados que os tiros aconteceram em um local escuro em frente uma casa que não tinha energia e fica difícil aos olhos da defesa entender, pois só conseguiu identificar uma pessoa, já que eram três. Outro ponto foi em relação a questão do carro. Que tipo de carro foi até o local? Um Corola conforme a namorada disse, foi um Fiesta ou um Savero? Foram esses questionamentos que a defesa colocou aqui. Houve falta de clareza nas provas”, declarou.

O advogado Danilo Morais disse ainda que as informações de quem tinha praticado o crime foram oriundas de uma rede social e que havia uma suposta ameaça que a namorada da vítima tinha recebido 15 dias antes do crime e que não foram colocados ao conhecimento dos jurados. “Couve a defesa fazer isso. É devido a falta de clareza que insistimos na tese de negativa de autoria”, acrescentou.

Janete Azevedo de Oliveira, mãe da vítima, afirmou que está se sentindo aliviada com a condenação. “Me sinto aliviada, não por mim, já que a condenação dele não vai trazer meu filho de volta, mas o alívio é por que sei que o tempo que ele vai passar preso, outra mãe não vai passar pelo que eu passei. Meu filho sempre foi uma pessoa íntegra e de respeito. Ele preservava sempre a verdade. Ficar frente a frente com o autor foi duro demais, mas meu filho merecia que eu fosse forte”, afirmou.

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