Mais de 2 mil mulheres já foram agredidas na Bahia em 2013, aponta relatório da DPE-BA

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A Defensoria Pública do Estado da Bahia (DPE-BA) entrega, nesta quarta-feira (28), o relatório produzido pelo Núcleo de Defesa da Mulher (Nudem) sobre a violência contra a mulher no estado à Comissão dos Direitos da Mulher, da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA).

De acordo com o relatório, somente no primeiro semestre 2013 foram atendidas 2.122 mulheres em situação de violência. Desse montante, o Nudem peticionou 186 pedidos de medidas protetivas.

O relatório aponta ainda, que, somente em 2012, 4.058 mulheres foram atendidas pela Defensoria por terem sido agredidas ou por terem sofrido ameaças de agressão ou morte. Em cinco anos, a Justiça deferiu 1.556 medidas protetivas peticionadas pelo Nudem. Mais da metade das vítimas identificam os próprios parceiros como os agressores.

Os bairros de Pernambués, Brotas, Cajazeiras e Sussuarana são os recorditas em agressões contra a mulher em Salvador. O Nudem, desde que foi criado, em 2008, já atendeu 13,5 mil casos de violência contra a mulher.

No núcleo, a vítima de violência é atendida por defensoras que analisa o caso para verificar quais medidas serão adotadas, como as protetivas, quando a mulher corre risco de ser agredida ao voltar para casa após fazer a denúncia. O deferimento dos pedidos de medidas cautelares é feito pelo juiz.  Após o ajuizamento de uma ação, a rede de proteção à mulher é acionada.

A rede é composta por entidades como o Ministério Público, Delegacia de Apoio à Mulher (Deam), Vara da Violência Doméstica e Secretaria de Trabalho, Emprego e Renda (Setre), e a Secretaria de Política para as Mulheres (SPM), entre outras.

Atualmente, o Brasil gasta mais de R$ 5 milhões com internamento de mulheres vítimas de violência. São cerca de 40 mil mulheres que buscam tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) por causa das agreses.

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