A mãe e esposa de dois presos do regime semiaberto foram detidas ao apresentarem atestados médicos falsos para tentar justificar a ausência dos parentes, que deveriam ter retornado ao Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital. A fraude foi descoberta após a direção do presídio desconfiar dos documentos e checar a veracidade nas unidades de saúde.
As mulheres apresentaram os documentos falsos na quarta-feira (4). Por não terem trabalho externo os dois presos deveriam se apresentar diariamente para dormir na unidade.
Em um dos casos, a esposa de um detento de 35 anos, que cumpre pena por roubo, entregou um atestado informando que ele esteve no Ciams Urias Magalhães, em Goiânia, e precisaria de cinco dias de repouso.
No segundo caso, a mãe de um interno de 22 anos, que cumpre pena por tráfico de drogas, apresentou um documento afirmando que o jovem esteve no Cais Cândida de Morais e precisava de três dias de repouso por estar com dengue.
Nos dois casos, a direção desconfiou da autenticidade dos atestados. Ao entrar em contato com as unidades de saúde, descobriram que não havia registro dos presos nos locais e os nomes dos supostos médicos que assinam os documentos não constam no quadro de funcionários dos postos.
As duas foram levadas para a delegacia. Os nomes da presas não foram divulgados.
Já os presos responderão um processo administrativo por falta grave. Eles podem ter que ficar reclusos na unidade prisional por até 30 dias.