Mãe de mulher encontrada morta em mala se diz surpresa com prisão do genro

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A mãe de Silvana da Rocha Costa, de 36 anos, encontrada morta numa mala de viagem, abandonada às margens da BR-101 , no fim de semana, se disse surpresa com a revelação de que seu genro, Cristiano de Oliveira Silva, de 39 anos, é acusado pela polícia do assassinato. As filhas do casal ainda não sabem o que aconteceu com a família.

— Eu custei a acreditar. Estava na delegacia, o vi chegar, e só soube que ele estava preso quando fui perguntar pelas minhas netas. Estavam caminhando para 12 anos de casados e, neste tempo todo, nunca vi uma briga. Minha filha nunca se queixou dele. Era a família perfeita. Eles viviam muito bem — avaliou Silvia da Rocha, de 57 anos.

Silvana teve duas filhas com Cristiano, uma de 8 e outra de 11 anos. As duas estão com a avó paterna e não sabem as circunstâncias que envolvem a morte da mãe.

— Explicamos que Jesus a chamou. Minha filha era evangélica e ia à igreja Batista com o marido e as meninas. Mas não tivemos coragem de contar como a mãe morreu. E agora tem mais essa. Não sabemos o que fazer. Elas já perderam a mãe, agora ficarão longe do pai. Agora que estava tudo bem, que pensei estar estabilizada na vida acontece isso — lamentou Silvia, que não sabe se precisará pedir a guarda das meninas.

Cristiano teve a prisão decretada nesta quinta-feira. Ele foi indiciado por ter torturado e assassinado Silvana. Segundo o delegado Wellington Vieira, titular da Divisão de Homicídios de Niterói, Itaboraí e São Gonçalo, Cristiano executou a mulher dentro de um terreiro de candomblé, na Estrada do Arrastão, no Arsenal. De acordo com Vieira, Silvana deixou as filhas com a avó na sexta-feira à noite, para que elas passassem o final de semana. Cristiano, então, matou a mulher no sábado.

Ele levou a Silvana para o terreiro e, quando chegou ao local, pediu ajuda para o pedreiro amigo (Márcio Rodrigues, de 32 anos), que estava fazendo um serviço no terreiro — contou o delegado: — O Márcio contou no depoimento que ele recebeu R$ 250 do Cristiano para ficar de boca fechada e ajudar a terminar de executar a vítima, que estava desmaiada.

O pedreiro disse que viu Cristiano asfixiando Silvana. Em seguida, Márcio e sua mulher, Deise da Silva Azevedo, de 36 anos, teriam ajudado a ocultar o corpo. Deise chamou um táxi e, carregando a bolsa com o corpo, chegou a dizer ao motorista que levava um cabrito que fora sacrificado no terreiro e precisava ser despachado na BR-101.

A morte no terreiro também foi comentada pela mãe da vítima Silvia não sabe como o genro conheceu o local.

— A minha família é toda evangélica, minha filha era evangélica e ele também é. Não sei como foram parar num terreiro — finalizou.

 

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