Líderes mundiais se reúnem em Paris para tentar frear aquecimento global

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O ano de 2015 entrou para a história do clima como o mais quente já registrado até então – o segundo recorde de calor consecutivo, por culpa do fenômeno El Niño e do aquecimento global. E se a humanidade quiser prolongar a própria história no planeta, as discussões que estão sendo travadas em Paris nos próximos dias devem ser alvo da atenção de todos.

A capital francesa sediará uma aguardada conferência sobre o clima da Organização das Nações Unidas. Os organizadores franceses dizem que mais de 140 líderes, de um total de 195 países, entre eles os presidentes Barack Obama, dos Estados Unidos, Vladimir Putin, da Rússia, e Xi Jinping, da China, confirmaram presença na cerimônia de abertura, que acontece nesta segunda-feira (30).

O objetivo da conferência de Paris é que os governos adotem um acordo que pela primeira vez exija que todos os países adotem ações para combater a mudança climática. Se o mundo continuar no ritmo atual, as projeções são de que a temperatura no planeta pode aumentar em média 8°C nos próximos 100 anos. Isso inviabilizaria a continuidade da vida no planeta.

Mas, mesmo elevações inferiores a esta são capazes de causar efeitos catastróficos para a humanidade. O professor Marcos Buckeridge, do Instituto de Biociências da USP, explica resumidamente que a grande tarefa dos líderes mundiais é estabelecer mecanismos para garantir que a temperatura do planeta não seja elevada em mais de 2ºC.

“Parece pouco, mas quando falamos de 2°C como temperatura média global ao nível do mar, isto significa que as temperaturas continentais podem atingir valores bem mais altos, que vão até 8°C ou mais em algumas regiões”, destaca.

Na tentativa de reverter esse quadro, 195 países e a União Europeia, membros da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC na sigla em inglês), estão comprometidos a fechar um novo acordo global climático até o dia 11 de dezembro, para reduzir a emissão de gases de efeito estufa, que causam o aquecimento.

A meta de 2 ºC, acordada na COP de Copenhague, em 2009, é considerada razoável para evitar catástrofes climáticas. Para o secretário executivo do Observatório do Clima, Carlos Rittl, se o aumento da temperatura não ficar no limite de 2ºC, as consequências serão muito severas.

“Com menos de 1ºC de aquecimento já temos, toda semana, uma má notícia em algum lugar do mundo, inclusive no Brasil, de acidentes ligados a climas mais extremos, chuvas fortes, secas que se intensificam, tornados, deslizamentos de terra”, avalia Carlos Rittl.

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