Libido: Entenda como o desejo sexual funciona

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Libido é caracterizada como uma vontade de fazer sexo. Ela tem grande influência nosso apetite sexual, aumentando o desejo pelo contato íntimo fazendo com que a relação fique muito mais prazerosa. Nas mulheres, a libido varia de acordo com as etapas do ciclo menstrual. Durante o período fértil ela está em alta, pois é a época em que a mulher tem mais chances de engravidar. Por isso mesmo, podemos afirmar que a libido é algo naturalmente químico do organismo, também muito ligada aos níveis de testosterona no corpo. Por outro lado, a falta de desejo sexual também pode ser influenciada por questões hormonais, ou por problemas como depressão, baixa autoestima e até insatisfação com o relacionamento. Nesse sentido, a libido está diretamente ligada ao bem estar de uma relação. Quer saber mais sobre como funciona esse desejo? Nós reunimos tudo o que você precisa saber sobre libido e como driblar a falta de apetite sexual.

O que é libido?

A libido pode ser traduzida como a vontade de ter relações sexuais. Por vezes chamada de instinto sexual, ela está diretamente ligada aos hormônios andrógenos, ou seja, aqueles que tanto as mulheres quanto os homens têm. A testosterona é o principal hormônio para esse caso. Nos homens seus níveis são muito maiores, já para elas a testosterona pode flutuar de acordo com o período do ciclo menstrual. 

 

Muitos cientistas já estudaram a libido mais afundo para identificar os padrões desse desejo. O principal resultado é que a excitação sexual é algo completamente individual que varia bastante de acordo com a pessoa. Além disso, essa vontade está muito mais ligada a uma atividade psicológica e cerebral do que propriamente física. Por isso a dificuldade de estudar o assunto – muitas vezes deixado para o campo da psicologia.

 

Entenda como é a libido da mulher durante o ciclo menstrual

 vontade de transar varia ao longo da vida, alcançando picos e quedas dependendo do momento em que estamos vivendo. Nas mulheres em fase reprodutiva, a libido é influenciada pelas 3 fases do ciclo menstrual, ou seja, os momentos do ciclo que têm diferentes características e trazem sintomas variados. O ciclo inicia com a fase folicular, marcada pela menstruação e a formação do ovário, gameta feminino responsável pela reprodução. Muitas pessoas não fazem ideia, mas durante o período menstrual, a libido da mulher tem uma alta sim. Uma característica dessa fase é a diminuição da progesterona e do estrogênio (os principais hormônios femininos) e, enquanto isso, a testosterona atua sozinha no organismo. 

 

Além disso, a sensibilidade e vascularização da mulher estão ainda mais aguçadas, permitindo que se chegue ao orgasmo com uma maior facilidade. Por isso, não estranhe caso seu apetite sexual aumentar nessa fase. E lembre-se que não há nada de errado em transar menstruada, basta ter a camisinha por perto já que esses dias podem propiciar o contágio de doenças sexualmente transmissíveis.

 

Cerca de 12 dias após a menstruação, acontece a fase ovulatória, quando o óvulo é liberado para as tubas uterinas. Em seguida, começa o período fértil, quando a fertilidade da mulher está mais alta do que o normal. Assim, o folículo estimula a produção dos andrógenos, permitindo que os efeitos da testosterona sejam acentuados. Nesse momento, o desejo sexual alcança seu seu pico. 

 

Por volta de 18 dias depois da menstruação, a mulher começa a entrar na última fase do ciclo, a lútea. É aqui que o organismo se prepara para descartar o endométrio com a menstruação, caracterizando a tensão pré-menstrual (TPM). A libido aqui é a mais baixa de todo o ciclo já que os andrógenos caem e, ao mesmo tempo, há aumento da progesterona. Além disso, um dos sintomas da TPM é a indisposição e, por isso, manter relações sexuais durante esses dias pode ser um pouco mais complicado.

 

Estresse e problemas na relação podem diminuir a libido

 

A sensação da libido, muito além do momento do ciclo, também varia de acordo com o estado emocional e psicológico da mulher. Por isso que é difícil apontar se durante o período fértil, por exemplo, você estará com o apetite sexual maior. Por vezes, o estresse, ansiedade e depressão são fatores muito capazes de interferir na libido e até provocar disfunções sexuais. Busque, portanto, ter uma rotina mais leve e se exigir menos.

Também é importante considerar a situação que seu relacionamento se encontra. Crises e insatisfação pessoal fazem com que, naturalmente, as pessoas se afastem uma da outra. O sexo não é fundamental em uma relação, mas um fator muito importante. Quanto menos você se sente envolvida ou atraída por uma pessoa, menos vontade você tem de se relacionar sexualmente com ela. Nessa situação, vale conversar com seu parceiro e repensar a relação. 

 

Autoestima e inseguranças com o corpo causam inseguranças  na hora do sexo 

 

Problemas de autoestima também podem diminuir a libido e fazer com que a mulher se sinta indisposta para transar. Insatisfações com o corpo e falta de aceitação fazem com que a pessoa fique mais acanhada ou desconfortável na hora da relação. É importante ressaltar que o sexo é, acima de tudo, um momento de prazer para todos os envolvidos. Por isso, não deixe de conversar com seu parceiro sobre como se sente e busque ajuda quando perceber que suas inseguranças estão bloqueando o seu apetite sexual. Também é fundamental investir nas preliminares. Elas servem exatamente para fazer com que você entre no clima, despertando sensações agradáveis. Por fim, descubra o que te dá prazer e o que faz com que se sinta mais estimulada no sexo. O autoconhecimento é um bom aliado nesse processo de descoberta. Conheça seu corpo e fale com o seu parceiro o que ele pode fazer para que você fique mais disposta. Aliás, a falta de libido pode ser um sinal de que você precisa sair da rotina e experimentar coisas novas. 

Libido x pílula anticoncepcional

 

A relação da libido com a pílula anticoncepcional é por vezes colocada em cheque pelas usuárias do medicamento. Enquanto algumas mulheres relatam uma queda da libido, outras se sentem com uma maior disposição sexual. Os estudos da influência do método contraceptivo nesse desejo trouxeram apenas resultados incertos. Por exemplo, uma pesquisa examinou 36 estudos, analisando no total cerca de 13 mil mulheres de 1978 a 2011, na revista médica European Journal of Contraception and Reproductive Health Care*. A conclusão é de que não há como apontar se é a pílula anticoncepcional que reduz a libido, já que tantos fatores podem ter o mesmo efeito.

Informação: Só delas 

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