‘Largaram no chão como se fosse um porco’, diz mãe de jovem morto no Jacarezinho

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O corpo de Jonathan Ribeiro de Almeida, de 18 anos, está sendo velado nesta quarta-feira (27), no cemitério de Inhaúma, na zona norte do Rio de Janeiro. Ele foi morto a tiros dentro do Jacarezinho na noite do dia 25 de abril. 

Ontem, o corpo do jovem passou por um exame no Instituto Médico-Legal. Recolhidas as armas dos PMs envolvidos no ocorrido, esse laudo deve ajudar a confrontar alegações da família e dos agentes. 

Segundo as testemunhas, Jonathan foi baleado no peito por policiais do Batalhão de Choque. Ele foi socorrido pelos próprios moradores da comunidade em motocicleta, mas já chegou sem vida à Unidade de Pronto Atendimento da região.  

A Polícia Militar, por sua vez, alegou que não conseguiu socorrê-lo em decorrência de um ataque dos moradores, que teriam jogado pedras e garrafas contra os agentes. No entanto, a mãe do jovem, Monique Ribeiro, afirma que abandonaram o corpo de Jonathan com omissão de socorro.

“Não teve tiroteio dentro da comunidade, não teve nada. Só executaram meu filho e foram embora, largaram ele no chão como se fosse um porco… como se não tivesse família. O Jonathan tem família”, relatou Monique, em entrevista à Record TV Rio

A polícia disse que havia certa quantidade de drogas e um simulacro de arma de fogo com a vítima, mas o avô de Jonathan, Carlos Roberto dos Santos, alega que a PM está mentindo ao ligar o jovem ao tráfico de drogas do Jacarezinho. “Nunca foi de má índole, quero ver eles [PMs] mostrarem… se eles têm alguma foto, alguma coisa filmada para apresentar”, comentou Carlos. 

Jonathan deixou um filho de 4 meses. O enterro do jovem está previsto para as 13h30. 

A Corregedoria Geral da Secretaria de Estado da Polícia Militar abriu um inquérito para apurar o caso. Na Polícia Civil, agentes da Delegacia de Homicídios da Capital prosseguem com a investigação.

 
 

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