Justiniano diz que obstetrícia não deve ser só responsabilidade do Município

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“Devemos observar também a legislação. Por que os municípios da micro e da macro região encaminham para Feira de Santana e Salvador as suas parturientes? Por que não se faz um simples parto nas cidades vizinhas de Feira de Santana? A legislação diz que nós precisamos do obstetra, do pediatra e do anestesista, mas essas cidades não têm. E o obstetra não vai correr o risco de fazer o parto sozinho”, disse.

Segundo o vereador, no projeto da publicização do HGCA há uma proposta de retirada da obstetrícia daquele hospital. “Hoje, no Clériston nós temos a UTI neonatal, parto de alto risco, mas se tirar esses serviços, para onde é que eles vão?”, questionou.

Ele acrescentou: “a gente não pode diminuir a quantidade e a qualidade dos serviços que são prestados. São 20 leitos. Nós vamos colocá-los onde?.

Justiniano informou ainda que a população de Feira e da micro região aumentou consideravelmente,   e reclamou que  em Salvador o Governo do Estado construiu novos hospitais, ao contrário de Feira de Santana, que tem apenas o HGCA, que foi construído há mais de 20 anos.

Em aparte, a vereadora Neinha (PMN) afirmou que a maior UTI neonatal de Feira de Santana está localizada no HGCA. Segundo ela, este hospital é referência em atendimento de gravidez de alto risco. Ela observa também que a unidade hospitalar serve de centro de treinamento para os profissionais de saúde.

Na concepção do vereador David Neto (PMN), precisa haver uma comunicação entre as diretorias do Hospital da Mulher e do HGCA, para que haja um consenso no tocante a atendimentos. Ele disse que  o Hospital Clériston Andrade deveria atender apenas as gestantes que estão em gravidez de alto risco.

O vereador Pablo Roberto (PT) lembrou que o processo de publicização do Hospital Clériston se encontra suspenso por determinação judicial e, por conta disso,  ainda não foi divulgado o edital para contratação da fundação que poderá  administrá-lo. “Não se sabe ainda, de forma oficial, se realmente o setor de obstetrícia irá deixar de funcionar naquele hospital”, afirmou.

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