Justiça determina que PMs fiquem presos por mais 30 dias

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A Justiça decidiu prorrogar por mais 30 dias a prisão dos três policiais militares envolvidos no desaparecimento de Geovane Mascarenhas Santana, 22 anos, visto pela última vez com vida no dia 2 agosto, durante uma abordagem no bairro da Calçada.

A prisão temporária foi estendida na última sexta-feira. “(A prorrogação) Foi necessária diante da complexidade da investigação e busca pela coleta de provas. Com a liberação dos investigados, eles poderiam comprometer a apuração”, explicou nesta segunda (15) o delegado Jorge Figueiredo, diretor do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP).

Em razão disso, o inquérito também foi prorrogado por mais 30 dias. Os policiais seguem presos no Batalhão de Choque, em Lauro de Freitas. São eles: o subtenente Cláudio Bonfim Borges, comandante da guarnição, e os soldados Jailson Gomes de Oliveira e Jesimiel da Silva Resende – todos lotados na Companhia de Rondas Especiais da Baía de Todos os Santos (Rondesp/BTS).

O jornal tentou nesta sexta (15) contato com os advogados dos PMs, mas eles não atenderam às ligações. Eles respondem a um Inquérito Policial Militar (IPM) instaurado na Corregedoria da Polícia Militar — que investiga a conduta dos policiais e pode culminar até com a expulsão da corporação — e também o inquérito aberto pela Polícia Civil, que apura o homicídio de Geovane.

No último dia 5, a Polícia Civil revelou o laudo sobre a morte de Geovane. Geovane, encontrado carbonizado e degolado, morreu com golpe de faca. “As lesões encontradas no corpo apontam para instrumento perfuro-cortante”, informou Figueiredo, que não detalhou se o rapaz foi degolado vivo.

A prisão dos policiais aconteceu no dia 13 de agosto, quando foi publicado uma reportagem mostrando o vídeo em que Geovane é colocado no porta-malas de uma viatura da Rondesp/BTS.

As imagens foram conseguidas pelo pai de Geovane, Jurandy Silva Santana, que investigou por conta própria o desaparecimento do filho.

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