Jovem que matou mãe gastou dinheiro doado em compras no shopping

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A adolescente que conspirou junto com o namorado para matar a própria mãe em Cachambi, no subúrbio do Rio de Janeiro, no último dia 25 de maio, gastou todo o dinheiro doado para ajudar nas buscas da vítima, que ainda estava declarada como desaparecida. A jovem de 17 anos foi até a Cooperativa Ouro Táxi, onde sua mãe trabalhava, para pedir apoio financeiro alegando que precisava de ajuda para buscá-la em hospitais e no Instituto Médico Legal (IML). A empresa forneceu o dinheiro, que foi torrado pela jovem no Norte Shopping, de acordo com o jornal Extra.

A vítima, Adriana Rocha de Moura Machado, 43, foi morta asfixiada pela própria filha. Lutadora de muay thai há quatro anos, ela golpeou a mãe para deixá-la desacordada e, então, utilizou um saco plástico para deixá-la sem ar. Depois de matá-la, a adolescente e seu namorado, Daniel Duarte Peixoto, resolveram dar um fim no corpo.

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 Vítima foi morta por ser contra o relacionamento da filha

 Eles foram filmados por câmeras de segurança flagraram os dois comprando gasolina – material utilizado para queimar o corpo em Duque de Caxias. A vítima desaprovava o relacionamento do casal, que desejava ter mais liberdade e optou por cometer o homicídio.

 Investigação

A investigação teve quebra do sigilo telefônico do casal, uso de câmeras de segurança e depoimento de testemunhas. Com as evidências, Daniel confessou o crime na quarta-feira pela manhã – depois, a adolescente confessou também, à noite. Daniel disse que só ajudou a namorada a se desfazer do corpo e não participou do homicídio e disse ainda estar arrependido do que fez.

A adolescente confirmou essa versão, afirmando que planejou e executou o crime só e que o namorado só a ajudou a desaparecer com o corpo da mãe.

A conclusão da investigação deixou amigos e parentes chocados. “A sensação é de muita tristeza. Estamos profundamente inconformados com o desfecho do caso. É triste concluir que a própria filha foi a autora”, disse um parente, sem se identificar. A adolescente teria mudado de comportamento desde o começo do namoro.

Fabiana Lopes, amiga de Adriana há 11 anos, foi até a delegacia hoje. “Está tudo acabado. Ela fez 17 anos agora no dia primeiro de junho. A gente sempre fazia festinha para ela. (Depois da morte da mãe), ela me ligou todos os dias. Ontem, ela me ligou 23h para dizer que tinham chamado ela na delegacia. Eu pedi que ela falasse a verdade”

 Fabiana confirmou que Adriana reprovava o namoro do casal. “Estive com os dois dentro da casa (no dia do crime). Abracei eles, beijei. Falei com eles que ia dar certo, que a gente ia achar a Adriana. Achei que ela estava calma. Achei normal por ela ser adolescente, que poderia estar em estado de choque. Ela confessou para mim ontem à noite no telefone. Pedi que ela só falasse a verdade”, disse ainda. Informações – Correio

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