Índice de infestação predial da dengue cai quase 44%

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O índice de infestação predial (IIP) por larvas do mosquito da dengue caiu quase pela metade, de 3,2% para 1,8%, na capital baiana, entre março e setembro deste ano. O percentual deste mês se aproxima da taxa controle, de 1%, recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Em relação ao número de casos de suspeita de dengue apresentados pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab), a Bahia teve uma redução de 76,48% de janeiro a setembro de 2014, ante igual período do ano passado. Foram 19.391 casos este ano contra 82.460 registros em 2013.

O dado, apresentado pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), é resultado de um levantamento feito em 190 mil imóveis de Salvador. O estudo aponta que, a cada grupo de 100 imóveis da capital, 1,8% apresenta focos do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença.

O levantamento identificou que 58 bairros apresentam índice de infestação igual ou menor a 1%, estando, portanto, afastados do risco de uma epidemia da doença.

Por outro lado, 14 bairros apresentam elevado risco de epidemia, com índices acima dos 4%.

Entre os dez bairros de Salvador com maior IIP, Santo Agostinho – localizado no distrito sanitário de Brotas – é o que possui a maior média. São 6,5% imóveis (em cada grupo de 100) com focos do mosquito. Logo em seguida, aparecem Caminho de Areia (5,4%) e Costa Azul (5,1%).

Outras dez localidades da capital se destacam, positivamente, por não terem apresentado IIP. São elas: Barroquinha, Conceição da Praia, Pitangueiras, Barra, Jardim Apipema, Vitória, Aeroporto, Praias do Flamengo, Nova Esperança e Base Naval.

Focos

Segundo a coordenadora do Programa Municipal de Combate à Dengue, Isabel Guimarães, cerca de 80% dos focos do mosquito são compostos por tanques e tonéis de solo, mais os depósitos móveis (vasos de plantas, pneus e garrafas).

Na avaliação de Guimarães, no cômputo geral, a redução do IIP eleva Salvador à classificação de zona de baixo risco frente a uma epidemia da dengue.

“Mas ainda não nos coloca na zona de controle recomendada pela OMS, que é de 1%”, frisa a coordenadora.

Guimarães explica que o resultado do IIP pode sofrer influências de três variáveis: condições climáticas (o mosquito se reproduz nas temperaturas mais elevadas), ações de prevenção e combate aos focos, mais a colaboração da sociedade na parte que lhe cabe.

Para alcançar meta da OMS, prossegue Guimarães, a SMS pretende intensificar as ações que levaram a capital baiana a apresentar a redução do IIP. Entre algumas estão visitas às residências, identificação, eliminação e bloqueio dos focos, mutirões, ações educativas e abertura de imóveis.

A equipe para desenvolver esse trabalho é formada por cerca de 1.700 agentes de endemias. “Erradicar a doença é muito difícil, tanto que nem usamos mais esse termo. Um dos problemas passa pela conscientização da sociedade, cuja parceria no controle da doença é fundamental”, diz Guimarães.

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