Inclusão de autistas na escola não existe, afirma Alberto Nery

ALBERTO

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Esta semana, em comemoração ao Dia Mundial do Autismo, que é celebrado em 02 de abril, o vereador Alberto Nery (PT) chamou atenção para a necessidade da inclusão dos autistas em escolas regulares. Ele fundamentou seu discurso com base na matéria do site Acorda Cidade, intitulada: “Inclusão de autistas não existe, dizem especialistas e parentes”.

De acordo com o texto jornalístico lido pelo petista, “está na lei, mas o direito das crianças autistas de estudar em escolas regulares com a atenção devida é ainda um sonho distante, segundo especialista e parente de estudantes autistas”.

A matéria informa que a fundadora da Associação Mão Amiga, Mônica Accioly, a inclusão dessas crianças nas escolas é pontual. Accioly afirma que depende da relação que a criança estabeleça naquela escola com a professora, com a diretora, com a coordenadora. A escola tem que ter um projeto de inclusão e isso praticamente não existe.

Segundo ela, há boa vontade e só. “E boa vontade é pouco para uma criança que precisa de um trabalho diferenciado”, salientou a fundadora da Associação Mão Amiga.

O texto também relata que “cansada de buscar uma escola que acolhesse o neto autista, a pedagoga Regina Angeiras decidiu criar uma escola que atendesse a toda e qualquer criança. A escola Divertivendo, na zona sul do Rio, desenvolve há sete anos um projeto para crianças com déficit intelectual e crianças sem nenhum problema de aprendizado”.

Para Regina, uma escola verdadeiramente inclusiva deve, em primeiro lugar, ter poucos alunos em sala de aula. Ela explicou que o número reduzido dos alunos em sala é o primeiro passo, já que são necessárias avaliações diferentes, cada um deve ser olhado individualmente e há atividades específicas para suas dificuldades, seja ele autista ou não.

Segundo Regina, uma escola inclusiva precisa elaborar uma adaptação do currículo e investir seriamente na formação específica dos docentes.  Explicou que para o autista é fundamental que ele vivencie todo o processo de aprendizagem. “Trabalhamos com pedagogia de projetos. Se vamos estudar os animais, levamos a turma ao zoológico e tiramos fotos com eles. Quando voltamos, fazemos os trabalhos com as fotos deles. E na avaliação sobre a experiência no zoológico, está lá a foto. Se não vivenciarem, fica tudo muito distante para eles”.

 Regina ressaltou que há casos graves, em que não adianta o autista frequentar a escola. “Não há regra, mas há casos em que a criança realmente não vai aproveitar aquele ambiente”.

 Após a leitura da matéria, o vereador Nery disse que apresentou na Câmara um projeto que dispõe sobre inclusão escolar de crianças com autismo. Ele espera contar com a colaboração dos seus pares para aprovação da proposição.

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