Homem mais alto do Brasil marca cirurgia para amputar perna

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Joelison Fernandes da Silva, considerado o homem mais alto do Brasil, medindo 2,37 metros, marcou para o próximo dia 3 de dezembro a cirurgia para amputar a perna direita, segundo anunciou em um perfil de rede social na internet. O procedimento é o tratamento indicado porque Ninão, que é como o paraibano é conhecido, já não consegue andar e nem ficar de pé por causa de uma infecção.

Antes da cirurgia ele teria que fazer pelo menos 15 dias de fisioterapia para ter um melhor processo de adaptação com a prótese, mas teve o quadro da infecção agravado. Por isso, o médico que o acompanha resolveu antecipar a amputação.

“Sofri muito essa semana, [senti] muitas dores. Infelizmente é uma decisão difícil, mas com certeza pra melhorar a minha saúde, em nome de Jesus. Estou muito confiante”, disse para os seguidores.

A cirurgia e a compra da prótese que ele vai usar vão ser possíveis graças a uma campanha para arrecadação de recursos feita na internet. Pesando mais de 200 quilos, mesmo tendo se acostumado a fazer as atividades diárias com o suporte da cadeira de rodas, ele explicou que “a maior dificuldade agora é a locomoção por dentro da casa” onde mora, em Assunção, no Sertão da Paraíba.

Ninão foi diagnosticado com osteomielite há cerca de quatro anos e meio, mas já sofre com os sintomas da doença há aproximadamente uma década. A infecção, que pode ser causada por bactérias ou fungos, atinge o osso, tendo como um dos principais sintomas a dor.

Desde então, muitos cuidados são necessários. O curativo na perna precisa ser feito todos os dias. Para isso, ele conta com o auxílio de uma equipe da rede municipal de saúde do município ou com a mãe.

Depois, a pretensão do paraibano é usar uma prótese. Para comprá-la, ele está fazendo uma campanha para arrecadação de doações na internet, “para realizar o sonho de voltar a andar”.

Ninão também precisa de medicamentos para conter a infecção. Os gastos mensais com remédios são de aproximadamente R$ 500, quase metade da renda da família. Desde que se locomove em uma cadeira de rodas, ele não consegue trabalhar, e lamenta pelas oportunidades perdidas. Antes da infecção, ele costumava fazer comerciais e era convidado para participar de eventos pelo país inteiro.

Atualmente, o paraibano mora com a esposa. A renda do casal corresponde a um salário mínimo, da aposentadoria que ele recebe desde 2012, e de alguns trabalhos de decoração que a companheira dele faz. As doações dos amigos também têm auxiliado. “Chega uma visita, vê a situação e dá uma ajuda”, contou.

O paraibano, natural de Taperoá, descobriu o gigantismo aos 14 anos, quanto media 1,95 metro. Teve a opção de fazer uma cirurgia para parar o crescimento, mas não fez por medo dos riscos do procedimento. Parou de crescer há quatro anos com a ajuda de remédios.

Informações: Olá Bahia

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