HGCA recebe 700 atestados em três meses e começa a investigar pedidos

08e06e9e746265302e2619bb2c45b714512686c7

08e06e9e746265302e2619bb2c45b714512686c7

A direção do Hospital Clériston Andrade (HGCA), em Feira de Santana, investiga o número excessivo de atestados de médicos apresentados pelos funcionários da instituição. No total, são mais de dois mil documentos recebidos pela direção do hospital, sendo que só nos últimos três meses são 700 casos. Entre eles, tem casos em que o profissional de saúde apresentou a licença médica e foi flagrado em postagens em redes sociais em   praia, como informa a diretoria.

“Todo atestado nós vamos mandar para Siast [Serviço Integrado de Atenção à Saúde do Trabalhador], que é onde nós fazemos a entrada dos atestados, e qualquer atestado que nós tivermos dúvida, nós vamos mandar para o Cremeb [Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia] para que seja analisado se é verídico ou não é. Tem casos em que eles botam [nas redes sociais]. Apresentam o atestado e aparecem em redes sociais com fotografias. E nós não aceitamos esse atestado”, afirma José Carlos Pitangueira.

Depois da clínica médica e da clínica cirúrgica, o setor de emergência é o mais prejudicado pelo número excessivo de atestados médico. Só no final de semana, a diretoria do hospital recebeu mais 11 atestados.

O HGCA tem quase dois mil funcionários, entre administrativos, médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e fisioterapeutas, responsáveis diariamente por mais de 300 procedimentos de saúde. Por plantão, o hospital mantém equipe com mais de 60 especialistas. Destes, 20 são médicos.

O que tem preocupado a diretoria é que muitos profissionais se ausentam dos plantões sob a alegação de problemas de saúde. Eles apresentam atestados médicos e deixam de comparecer ao trabalho, principalmente aos finais de semana e durante os períodos de festa.

A supervisora de enfermagem admite que, com a falta dos profissionais, os substitutos ficam sobrecarregados. “A gente tem ciência disso, de que um profissional que trabalha 12 horas ou até 24 horas, como a gente tem na escala, não vai ter o mesmo desempenho de um profissional que está chegando descansado no serviço”, comenta.

As informações são do G1 Bahia.

OUTRAS NOTÍCIAS