HGCA: 6 leitos e 200 profissionais para possíveis casos de coronavírus

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Mesmo com os três casos investigados para a suspeita de coronavírus em Feira de Santana não revelando infecção pelo Covid-19, as autoridades de saúde do município começam a preparar as unidades para receber e tratar possíveis casos confirmados. No Brasil, segundo última atualização do Ministério da Saúde, são dois casos confirmados.

Em Feira de Santana, segundo a Prefeitura Municipal, não há casos confirmados. Maior hospital público da cidade, o Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA) começa instruir a equipe de emergência para identificar os casos. Segundo a coordenadora do Núcleo Hospitalar de Epidemiologia, a enfermeira Geruza Ché, o HGCA é um hospital de terceiro nível, atendendo casos considerados graves.

A preocupação com a cidade é por estar localizada em um entroncamento rodoviário, recebendo grande fluxo de pessoas. “Abrimos o diálogo tanto a nível estadual quanto municipal, formamos a parceria e estamos estabelecendo os critérios para esses pacientes virem para cá com o espaço reservados especificamente para eles”, disse a profissional de saúde.

Segundo Ché, são cerca de 200 profissionais entre enfermeiros e técnicos de enfermagem da unidade capacitados. “Hoje nós temos um local específico para o isolamento hospitalar. No momento estamos com seis leitos, mas como temos um percentual de 10% de gravidade para os acometidos pela doença, então esse número de leitos é suficiente porque são para os casos graves”, explicou.

Geruza Ché é mais uma profissional de saúde que evita pânico na sociedade quanto ao novo coronavírus. “Não há necessidade de pânico, há necessidade de preocupação, porque são mais pessoas acometidas por alguma doença, até mesmo porque o quantitativo de óbitos é muito baixo. Na China onde mais pessoas foram acometidas, só 2% evoluíram a óbito. Não é uma situação de gravidade alarmante”, tranquilizou.

São cerca de 200 profissionais entre enfermeiros e técnicos de enfermagem da unidade capacitados | Crédito: Mário Sepúlveda

Para a enfermeira, os mais acometidos são pessoas entre os extremos de faixa-etária, como crianças e idosos. Uma das principais maneiras de se prevenir, além de evitar contato é a lavar bem as mãos. “É primordial, não é uma lavagem corriqueira, é sistematizada, uma média de 20 segundos, com fricção na palma da mão, no dorso, entre os dedos, por baixo das unhas, essa é a segurança maior que temos para diminuir o risco de infecções”, comentou.

Com relação ao tratamento, a enfermeira disse que depende dos sintomas apresentados pelo paciente. “Não existe um tratamento específico, é baseado na sintomatologia e hidratação oral. A depender do nível de gravidade ele será tratado de acordo”, resumiu Geruza Ché.

informações: Folha do Estado

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