Garoto de programa diz que fatura até R$ 6 mil por mês

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O jovem de 22 anos iniciou a vida sexual aos 13. Ele costumava transar com pessoas das quais gostava e por prazer. Mas, há dois anos, ele faz sexo com quem estiver disposto a pagar R$ 200 por uma hora. E afirma ser mais feliz assim.

“Eu me sentia mais usado quando fazia de graça, por prazer, e a pessoa transava comigo e sumia da minha vida no dia seguinte. Hoje, coloquei na minha cabeça que é por dinheiro”, declara o garoto de programa Oliver Burnier.

Ele conta que a ideia de ser um GP [sigla para ‘garoto de programa’] já habitava seus pensamentos, mas foi o relato de um amigo de Rondônia, durante o Carnaval de Salvador, na Barra, que influenciou sua decisão pelo ingresso na prostituição. “Ele me disse que ganhava R$ 3 mil por mês. Isso me brilhou os olhos”, diz o jovem, com certa empolgação.
Para ele, o dinheiro é o único motivo pelo qual se dispõe a satisfazer [quase todos] os desejos de quem o procura. A exceção: ele não aceita ser passivo em uma relação sexual.

Oliver traça o perfil da maioria de seus clientes: homens casados, bem-sucedidos, com idades acima de 40 anos e reservados, sem coragem de assumir esse outro lado da sexualidade.

“A maioria não acha sexo fácil. Homens mais velhos, feios. As mulheres são mais reservadas e não procuram esse tipo de coisa. Elas não precisam porque os homens são muito fáceis e caçam sempre. Na verdade, a mulher é a caça”, descreveu, revelando que mensalmente consegue ganhar entre R$ 4 mil e R$ 6 mil como michê.

Clientela inusitada

Nesses dois anos, Oliver Burnier diz ter sido procurado apenas três vezes por mulheres e, por diversos motivos, o programa acabou não acontecendo. Em um desses casos, a mulher estava desconfiada que o marido a traía e queria se vingar, provando ao companheiro que ela também fazia o mesmo com ele. “Ela queria apenas a camisinha com meu sêmen para levar e mostrar ao marido como sendo o sêmen do amante dela”, lembra ele.

Na tentativa de convecê-lo, a mulher disse que não faria nada com o “material dele” e, como garantia, sugeriu que fosse misturado talco ou amido de milho para ‘matar o sêmen’.

Há sete meses, um homem casado e com dois filhos contratou Oliver Burnier e outro garoto de programa porque estava em dúvida sobre sua sexualidade. O empresário do ramo de revisão de carros queria confirmar ou não se era gay, pois, apesar da relação heterossexual, sentia atração por homens.

“Comigo, ele ficou no sexo oral e na pegação. Não rolou penetração. Ele não queria ser penetrado”, contou Burnier. “Até eu fiquei um pouco sentido com a situação dele. Era um homem muito perdido”, completou o GP.

Apesar de afirmar ser mais feliz com a relação comercial, Oliver Burnier admite não ser fácil ter que se deitar com todos os que o procuram e que, às vezes, é preciso fazer uso de estimulantes sexual, cuja duração é de 5h aproximadamente.

Ele garante não usar nenhum tipo de droga ilícita. “Alguns clientes perguntam se aceito usar drogas, cheirar [cocaína], durante a relação. Perco o cliente, mas não aceito”, contou.

Conforme relatou, há aqueles que chegam a oferecer mais que o dobro do valor do programa para manterem relação sem camisinha. “Eu não aceito. Já chegaram a me oferecer R$ 500 por uma hora. Mas eu não aceito porque não sou otário. Não sei se a pessoa quer me contaminar”, diz.

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