Funcionários de Escolas Municipais denunciam que foram afastados e não receberam salários; “Mandaram a gente pra casa pois não tem previsão pra pagar”

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Na manhã desta sexta-feira (27), funcionários de Escolas Municipais de feira de Santana, denunciaram à redação da TV Caldeirão, que teriam sido informados pela Secretária de Educação Anaci Paim, que não precisariam mais cumprir suas funções nas unidades em que trabalham, por tempo indeterminado, pois, a Prefeitura não iria pagar seus salários, atrasados desde fevereiro deste ano, e que não teriam previsão para o pagamento.

“Deis do dia 13 de maio que estou em casa, pois não recebi salario nem vale transporte, o ultimo que recebemos foi em fevereiro. A COOPERSADE terminou o contrato com a Prefeitura, e ficamos abandonados sem receber nossos direitos, a Secretaria Anaci Paim e o Prefeito Colbert, nos garantiram que não iriamos ficar desamparados, e que assumiriam os pagamentos, mas nuca fizeram. Isso já se arrasta por meses, são 280 funcionários sem receber, sem poder pagar suas contas, sem levar sustento para suas casas e famílias, estamos desesperados”, explica uma das denunciantes.

Segundo a denúncia, estes funcionários, que chegam a mais de 280 pais e mães de família, seriam terceirizados da empresa COOPERSADE, porém, o Prefeito Colbert Martins, encerrou o contrato com a cooperativa, entretanto, garantindo que assumiria os salários destes funcionários através da Secretária de Educação do Município, que na ocasião, teria solicitado que todos os funcionários, antes cooperados, continuassem com suas funções normalmente, que tudo iria ser regularizado, mas deis de fevereiro, que os mesmos não recebem os pagamentos ou sequer vale transporte, uma realidade muito diferente da prometida.

“Quando questionamos falam que depende de licitação, mas essa licitação nunca acontece. Continuamos trabalhando porque a Secretaria disse que a SEDUC ia assumir nosso pagamento, que pelo menos o vale transporte daria, mas nem isso. Agora falaram que se não temos como ir trabalhar, que podemos ficar em casa, que não tem previsão para pagar. Isso é um absurdo, somo seres humanos e não cachorros abandonados na estrada”, expõe.

A demora na regularização da situação, seria por conta da dependência de uma licitação para contratação de nova cooperativa, licitação esta, que nunca foi iniciada. “Inclusive várias das escolas estão sem poder funcionar por falta de funcionários, porque sem receber nem o vale não podem ir trabalhar. Eu moro no Aviário, a escola que trabalho é no Feira X, como que vou trabalhar sem receber? Vou pagar pra trabalhar agora? Descaso nem se enquadra mais, isso é crime mesmo!”, diz o depoimento de uma senhora, que pediu para ficar em anonimato por medo de represálias por parte da Prefeitura, pois segundo ela, quem reclama é mandado embora sem esperança para ser recontratado.

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