Feira de Santana comporta o uso dos patinetes elétricos? Coordenador da Ciretran Explica

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Os patinetes elétricos tem virado febre em todo o mundo. Nas grandes cidades já são usados como uma ferramenta para se locomover pelas ruas e já ajuda na questão na mobilidade urbana, que faz muitas pessoas trocarem os meios de transporte comuns pelos alternativos, como a bicicleta por exemplo. A chegada desses patinetes no Brasil já começou, mas a pergunta que não quer calar é; Feira tem estrutura para comportar o uso desses novos meios de locomoção?
O coordenador da 3ª CIRETRAN de Feira de Santana, Silvio Dias, conversou com o repórter Joaquim Neto para falar sobre a chegada dos patinetes na cidade.
De acordo com Silvio, a ferramenta ainda precisa ser regulamentada, por se tratar de algo muito recente ainda. “Não existe ainda uma regulamentação  específica para esse tipo de veículo, eu acredito que dado a febre que está isso deva ser logo regulamentado, mas no momento não há. O que de fato existe são discussões sobre a necessidade ou não eles se exigir uma habilitação em virtude de ser um veículo automotor, independente da característica dele, do tipo de combustível que ele usa, do motor ser elétrico ou se é a gasolina ou não. Mas o que se fala e se discute é que por ser um veículo automotor necessita sim de uma habilitação”, ressaltou ele.
Caso o uso seja autorizado, a regulamentação deverá ser feita pelo Denatran e o Contran, diz o coordenador. “Quem deve regulamentar esses veículos e autorizá-los efetivamente, a transitar, se é que vai ser autorizado, é o Denatran e o Contran. Ouve-se muito que municípios estariam autorizando a circulação, não pode! No Brasil o regramento em relação a trânsito é todo de competência federal, do Contran e do Denatran que fazem as resoluções de onde partem a regulamentação de todos esses veículos e todas esses equipamentos que são utilizados no trânsito e que libera, inclusive, para que possam circular nas vias públicas. Vamos aguardar para ver como é que será regulamentado. Fato é, um veículo de duas rodas mas que não tem as mesmas características de um ciclomotor, então não há como a gente levar a ideia de que ele é um ciclomotor, ele tem características diferentes e por isso deve ser regulamentado como um veículo com características específicas para que possa então vir a circular nas vias públicas”, disse.
Em algumas cidades que já permitem o uso do veículo, o tráfego pode ser feito pelas calçadas, embora Feira seja uma cidade plana, o que permite a facilidade de locomoção e tem estrutura para comportar os veículos, a circulação pelas calçadas não é permitida, diz Silvio Dias. “Pela calçada ele [o patinete] não pode circular, porque é um veículo automotor e vai acabar tendo algum conflito com os pedestres. Pode visitar nas vias públicas? Também não pode, porque não há regulamentação para tal”, afirmou o coordenador.
Silvio da uma dica para as pessoas que querem fazer o uso do patinete. “Eu Índico que as pessoas que utilizam esse equipamento o façam utilizando as ciclofaixas e ciclovias, apesar de poucas na cidade, temos poucas vias com esse instrumentos e aí é interessante diferenciar o que é uma ciclofaixa de uma ciclovia. A ciclofaixa é o que nós temos na Noide Cerqueira, é uma faixa que estando na via, é específica destinada às bicicletas. Em relação às ciclovias é diferente. Ela tem uma separação física da rodovia, então é uma outra via. Quem for utilizar o patinete elétrico, eu aconselho que faça utilizando as ciclofaixas e ciclovias que porventura existam na cidade”, finalizou Silvio Dias.

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