Fechado, dívida de Hospital Espanhol de R$ 200 milhões só cresce

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Além dos R$ 80 mil que a Real Sociedade Espanhola de Beneficência precisaria desembolsar por dia, já começaram a ser pagas as parcelas do empréstimo de R$ 53 milhões tomado no ano passado.

Aparelhos, salas, manutenção, funcionários, impostos, tributos e dívidas. Em pleno funcionamento, com 2.200 servidores à disposição dos pacientes e 270 leitos em operação, o Hospital Espanhol tinha despesas fixas mensais da ordem de R$ 15 milhões – cerca de R$ 500 mil por dia. Fechado há 15 dias, a dívida que era de 200 milhões já cresceu em pelo menos R$ 1,2 milhão.

“Hoje, o custo de manter o hospital fechado, em média, por dia, é de cerca de R$ 80 mil. No auge da crise, em abril, esse custo era o dobro”, diz o presidente do hospital, Demétrio García. Além dos R$ 80 mil que a Real Sociedade Espanhola de Beneficência (RSEB) precisaria desembolsar por dia, já começaram a ser pagas as parcelas do empréstimo de R$ 53 milhões tomado no ano passado com a Desenbahia.

“O dinheiro que está entrando eles já sequestram. Já pagamos duas ou três parcelas”, afirma. O dinheiro a que ele se refere vem dos recebíveis vinculados ao Planserv e ao SUS. Segundo publicado no Diário Oficial de 23 de agosto de 2013, a carência era de até 24 meses, com parcelamento em dez anos.

Em 10 de junho deste ano, o Fundo de Desenvolvimento Social e Econômico (Fundese) autorizou a prorrogação da carência por mais seis meses, até outubro. Demétrio García contesta: “A carência era de um ano e nós pedimos para prorrogar por mais um ano, sem sucesso”. Ele não sabe dizer quanto o hospital ainda tem a receber, mas diz que possíveis investidores querem liquidar logo os R$ 53 milhões com a Desenbahia.

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