Ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Queiroz pagou conta de R$ 64 mil de cirurgia em dinheiro

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O ex-assessor do ex-deputado estadual e atual senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), José Carlos Queiroz, pagou em pagou R$ 64,6 mil em dinheiro a cirurgia em que foi submetido em janeiro deste ano. O procedimento foi feito para retirar um câncer no intestino, no hospital Albert Einstein, em São Paulo. A informação é do jornal O Globo.

De acordo com a publicação, o pagamento foi feito no dia 14 de fevereiro. Segundo informações do O Estado de S. Paulo, que teve acesso á nota fiscal eletrônica emitida pelo hospital, a cirurgia teve um custo total de R$ 86,1 mil. No entanto, o ex-funcionário do parlamentar carioca foi agraciado com um desconto de R$ 16,1 mil, pagando, ao todo, R$ 70 mil – a quantia restante de R$ 5,4 mil teria sido quitada em cartão de crédito.

Conforme reportagem do Estadão, Queiroz teria sido internado no dia 30 de dezembro do ano passado. O procedimento cirúrgico teria acontecido no primeiro dia do ano, e a alta aconteceu em 8 de janeiro. Desde então, segundo a defesa do ex-assessor, ele permanece na capital paulista em companhia da família, motivo pelo qual se ausentou do depoimento marcado pelo Ministério Público para explicar as movimentações de R$ 1,2 milhão em um ano detectadas pelo Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Em nota, o advogado de Queiroz, Paulo Klein disse que “vê com naturalidade o fato do Ministério Público investigar a origem dos recursos utilizados para pagamento das despesas médicas do Fabrício Queiroz” e que “a comprovação dos pagamentos com recursos próprios e dentro da sua capacidade econômica só reforçam que ele jamais cometeu qualquer crime”. A quantia gasta com as despesas da cirurgia estava guardada na casa do ex-assessor, no Rio de Janeiro, para amortizar o financiando de um imóvel na capital fluminense.

Em março, Queiroz, Flávio Bolsonaro e mais 84 pessoas, além de nove empresas, tiveram sigilo bancário quebrado pela Justiça do Rio, a pedido do MP. Os promotores indicam que há fortes indícios de uma “organização criminosa” no gabinete de Flávio Bolsonaro, que recolhia parte do salário dos assessores, e fazia transações imobiliárias com valores fraudados para lavar dinheiro.

Queiroz argumenta que recolhia dinheiro dos colegas de gabinete para a contratação de outros assessores externos na intenção de aumentar a capacidade eleitoral de Flávio Bolsonaro sem o conhecimento dele, no entanto. O parlamentar alega que não sabia do processo, afirma que suas transações imobiliárias eram legais e ainda diz que sofre perseguição do Ministério Público.

Em nota, o hospital Albert Einstein informou que “não fornece informações sobre seus pacientes” por “questões de sigilo e privacidade”.

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