Equipe de transição alerta possibilidade de residentes de medicina e bolsistas não receberem pagamento de dezembro

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O grupo de trabalho de educação da equipe de transição de governo alertou sobre a possibilidade de residentes de medicina e estudantes bolsistas não receberem o pagamento no mês de dezembro. As declarações foram dadas nesta terça-feira (6) durante uma coletiva de imprensa no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).

Segundo a equipe, os cortes no orçamento podem afetar 144 mil estudantes, entre residentes de medicina e bolsistas da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Para realizar o pagamento das bolsas seriam necessários R$ 480 milhões, de acordo com as análises do grupo.

“Há um bloqueio da execução orçamentária já em 2022. Isso implica em uma situação de dificuldades de pagamento de bolsas, especialmente da Capes, além de residências médicas”, afirmou o ex-ministro da educação Henrique Paim, integrante da equipe de transição.

Outra preocupação do grupo é a compra de livros didáticos da educação básica para o início de 2023. Paim disse que, se não houver liberação do limite orçamentário, os livros didáticos podem chegar com atraso nas escolas. “O limite orçamentário pode gerar uma situação onde não teremos o empenho para a contratação dos livros didáticos”.

Durante a coletiva, Aloizio Mercadante (PT), coordenador dos grupos técnicos da transição, afirmou que discorda da gestão feita pelo governo de Jair Bolsonaro (PL) na educação e criticou o corte de orçamento realizado na semana passada, que atingiram em R$ 1,7 bilhão na educação.

“Medidas precisam ser tomadas urgentemente. Não adianta tirar o limite do MEC [Ministério da Educação] e ficar assistindo o que vai acontecer, vai gerar uma tragédia educacional se isso não for corrigido”, afirmou Mercadante.

Na segunda-feira (5), a equipe do governo de transição responsável pela educação foi à sede do MEC para ter uma conversa com o ministro da pasta, Victor Godoy, e discutir questões relacionadas ao orçamento.

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