Empresas de ônibus de Feira alegam falta de dinheiro e pedem flexibilização para pagar salários dos rodoviários

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Na manhã desta sexta-feira (5) em Feira de Santana Diretores do Sindicato dos Rodoviários de Feira de Santana (Sintrafs) se reuniram para discutir sobre o pedido das empresas de ônibus Rosa e São João, de flexibilização do pagamento de salários dos trabalhadores, que é previsto para ser feito no dia 5 de cada mês.

O presidente do sindicato, Alberto Nery, disse que está preocupado com os desdobramentos do atraso de salários do último mês e da paralisação da categoria, o sindicato convocou a reunião de hoje para que a entidade não seja responsabilizada pela situação de penúria que as empresas estão apresentando. Segundo ele, a defesa da diretoria, mesmo com o acordo coletivo, é de aceitar o pedido de flexibilização.

“Porque achamos e avaliamos que se fizéssemos uma manifestação, uma parada, as empresas podem não voltar mais a rodar. Não queremos ser os responsáveis pela falência do sistema. Vamos fazer manifestações de ruas, vamos protestar pelos fatos, mas não vamos defender uma paralisação. Vamos pedir aos trabalhadores para aceitarem essa proposta apresentada para que nós não sejamos responsáveis pela falência do sistema”, afirmou.

O sindicalista relatou que é melhor a categoria aceitar o pagamento fracionado do que decidir paralisar o trabalho e as empresas de ônibus assim suspenderem as atividades. “Não queremos causar indisposição da sociedade com a representação trabalhista, estamos fazendo o esclarecimento público. Ontem, quando terminei de receber os representantes das empresas, tentei falar com o prefeito para comunicá-lo desse fato e para ver quais são as medidas que podem ser tomadas. Os trabalhadores têm limites e pode acontecer o caos. Ainda não tivemos resposta. Nos reunimos e vamos começar a passar amanhã esta compreensão aos rodoviários, de madrugada nas portas das garagens pedindo este entendimento. Precisamos também mostrar para a sociedade que a situação não é boa e a qualquer momento pode acontecer algo pior com o transporte público em Feira de Santana”, declarou.

“Este ano, em consequência da pandemia, a situação se agravou. É essa compreensão que a gente tem enquanto dirigentes e para levar aos trabalhadores. Também mostrar à sociedade o caos que aí está e que nós não temos responsabilidade sobre. A responsabilidade é de quem fiscaliza, cobra, quem investe no sistema”, concluiu.

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