Em menos de 24h no Brasil, Pokémon Go é febre em Salvador

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O analista de faturamento Victor Michel, 23 anos, não fazia recarga no celular há quatro meses. Com seu aparelho sempre conectado pelo wi-fi de casa e do trabalho, ele julgava que não havia necessidade de gastar dinheiro com crédito, pois, quando não fazia uso da rede sem fio, utilizava bônus disponível de sua operadora para realizar ligações.

Entretanto, a rotina do jovem mudou da água para o vinho por conta do jogo Pokémon Go. O game se tornou uma febre mundial, e no Brasil – onde foi lançado na tarde desta quarta-feira, 3 – não seria diferente. “Minha namorada foi quem me avisou ontem à noite. Ela ficou me comediando porque eu ainda não tinha feito o download”, explicou o analista. Victor é apenas um dos soteropolitanos que estava ansioso pelo lançamento do game no país.

O Pokémon Go já está disponível gratuitamente nas lojas de aplicativos da Apple e Play Store. O jogo é baseado no famoso anime japonês sobre os monstrinhos de bolsos e seus treinadores. O desenho animou a garotada no Brasil na década de 90.

Inicialmente, a Niantic lançou o Pokémon Go nos Estados Unidos, Austrália e Nova Zelândia em 5 de julho e de lá para cá o software é um fenômeno. Atualmente, o aplicativo já está disponível em países da América do Norte, Europa, Japão e outras regiões da Ásia.

Com isso, é comum ver alguém em lugares públicos com um celular na mão atrás de bichinhos, a fim de capturá-los. Pokémon Go usa realidade aumentada e GPS para levar os monstrinhos para o mundo real. O jogador tem a função de treinador e segue a dinâmica de duelar com outros “adversários” – pode ser seu colega ao lado, caso ele tenha baixado o jogo -, capturar e treinar pokémons.

“Tenho apenas seis pokémons ainda. Capturei no trabalho, em casa e em uma praça. Por causa do jogo, contratei um pacote de dados pra jogar na rua. É muito viciante”, ressaltou Victor. Por volta de 13h desta quarta, ele e mais dois amigos, Jonathan Schulz, 22, e Gilson Araújo, 25, brincaram na praça Aquarius, na Pituba, enquanto estavam no horário de almoço do trabalho. Alías, não só o trio, mas cerca de 25 pessoas se juntaram no local para pegar os pokémons que estavam de bobeira no local.

Gilson baixou o Pokémon Go pouco antes de ir para a praça. “A gente se une, dá risada, brinca quem erra na hora de capturar o pokémon e dá risada um da cara do outro. O jogo é bom porque faz com que as pessoas interajam”, revelou. Com 78 bichos, Jonathan havia baixado o game por meio de uma conta americana. “Assim que estreou no Brasil eu só atualizei. Não largo do celular, jogo até no ônibus. Comprei até uma bateria externa pra dar carga quando precisar”, disse.

Embora o jogo seja mesmo viciante, o que não se pode deixar de lado são os riscos e perigos de exibir o celular à mostra em locais públicos. Na noite de quarta, 3, no Espírito Santo, um adolescente de 14 anos teve o celular roubado enquanto tentava capturar um monstrinho à vista.

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