Dilma muda metade dos ministros para 2º mandato

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A presidente Dilma Rousseff deverá concluir hoje a reforma ministerial do segundo mandato com a escolha do novo titular da pasta da Cultura. É a única decisão que falta ser tomada pela presidente. Dos 39 ministros, Dilma deverá manter 20 no segundo mandato _quatro deles em pastas diferentes. As mudanças atingem metade da equipe.

Já houve cinco candidatos a ministro da Cultura, mas, salvo uma surpresa, Dilma deverá escolher hoje o escritor Fernando Morais ou o ex-ministro da Cultura Juca Ferreira, que é secretário da área na Prefeitura de São Paulo. Com essa decisão, a presidente deverá ter 19 ministros novos no segundo mandato.

Do total de 39 ministros, quatro mudarão de pastas e 16 continuarão nos ministérios que já ocupam. A presidente já anunciou que Alexandre Tombini permaneceria no Banco Central e que Vinicius Lage seria mantido no Turismo. Hoje, Dilma deverá anunciar mais 14 ministros que seguirão em seus postos. Exemplos: Aloizio Mercadante na Casa Civil, Arthur Chioro na Saúde e José Eduardo Cardozo na Justiça, entre outros.

A presidente também deverá anunciar hoje que o PDT manterá a pasta do Trabalho e que o ministro Manoel Dias ficará no cargo. Assim, vai completar a cota dos partidos aliados no primeiro escalão.

Sem dúvida, a principal mudança ministerial está na equipe econômica. É udma mudança da água para o vinho. Joaquim Levy na Fazenda e Nelson Barbosa no Planejamento significam, na prática, a aplicação de outra política econômica.

Levy já deu declarações que sinalizam que ele pensa diferente do atual ministro da Fazenda, Guido Mantega, e até da presidente. Portanto, a principal novidade é uma equipe que realizará um ajuste econômico necessário e que porá fim a um desenvolvimentismo que não desenvolveu o país. O crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) tem sido baixo nos anos Dilma.

Há certa dificuldade na transição na área econômica. Mantega está contrariado com a escolha de Levy e Barbosa. Levy foi adversário interno do Mantega no governo Lula. E Barbosa saiu do governo Dilma por divergências com Mantega.

Politicamente, houve o tradicional loteamento entre os partidos aliados. O destaque é um menor espaço para o PT, que perdeu a Educação e não conseguiu a pasta das Cidades. Na avaliação da presidente Dilma, foi uma medida necessária para obter mais apoio dos aliados a fim de enfrentar os desdobramentos políticos da Operação Lava Jato.

É claramente um ministério para funcionar como um escudo contra crises políticas. Dá para dizer que a presidente mexeu bastante na equipe. Há a possibilidade de pequenas alterações no time um pouco mais à frente.

IG

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