Demissão de Paulo Roberto foi por falta de “afinidade” diz Dilma

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Nesta sexta-feira (12) a presidente Dilma Rousseff afirmou, em sabatina do jornal “O Globo”, que demitiu o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa por falta de “afinidade” com ele. Sobre as denúncias de que Paulo Roberto participava de um esquema de corrupção dentro da estatal, Dilma afirmou que não sabia “o que ele estava fazendo” na estatal.

O ex-diretor foi preso pela Polícia Federal em março, na operação Lava Jato, que investiga lavagem de dinheiro em todo o país. Ele foi diretor da estatal entre 2004 e 2012.

“Eu acho que se tivesse sabido de qualquer coisa a respeito do Paulo Roberto, ele teria sido demitido e investigado. Ele não era um pessoa que eu considerava afim com meu governo. Eu tirei o Paulo Roberto. Eu não sabia o que ele estava fazendo. Eu tirei porque eu não tinha afinidade nenhuma com ele”, afirmou a presidente.

Ainda ao responder sobre suspeitas de corrupção na Petrobras, Dilma afirmou que o governo dela investiga  denúncias “a fundo”. Ela também disse que a impressão de que aumentou a corrupção no país se deve ao fato de o atual governo investigar mais do que gestões anteriores. Para ela, o país não tem mais a figura do “engavetador-geral” de denúncias.

“Essa história de que aumentou a corrupção é que quando você não investiga, não aparece. Quando investiga, aparece. Não aumentou a  corrupção. Aumentou a investigação. Não passamos para debaixo do tapete e não engavetamos processos”, disse.

“Agora investigamos, porque demos autonomia à PF para fazer e escolhemos na lista do MP aqueles que eles apresentaram, e não um engavetador de ocasião. No Brasil só se punia o  corrupto, e não se punia o corruptor”, completou.

Ela disse ainda que em todos os partidos há gente corrupta. Segundo a presidente, há pessoas que se equivocaram dentro do PT, mas que o partido não deve ser “apedrejado”.

“Em todos os partidos tem gente corrupta, tem gente que não é corrupta. E os partidos têm seus compromissos históricos. O democrata tem o seu, o republicano americano representa sua trajetória de luta. Se tem equívocos, o meu partido, o PT, tem história de lutas, de militância. Tem pessoas que se equivocaram no PT, mas nem por isso apedreja-se o partido.

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