Dano da seca compromete capacidade econômica

Dano da seca compromete capacidade econ_mica Foto ACM (3)

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A situação extremamente difícil da zona rural de Feira de Santana, castigada sem piedade pela seca há dois anos, foi relatada pelo prefeito José Ronaldo de Carvalho, por meio de correspondência, a Humberto Viana Filho, secretário Nacional de Defesa Civil. Cerca de 50 mil pessoas vivem nos oito distritos do município.

Para o prefeito José Ronaldo, os danos provocados em decorrência da seca implicam no comprometimento da capacidade econômica de Feira de Santana. “A nossa produção agrícola, que é basicamente de subsistência, vem sendo comprometida ao longo dos últimos anos. Estamos enfrentando a pior seca dos últimos 50 anos”, argumentou.

 Na semana passada o Governo Municipal decretou estado de emergência. “Esperamos que o Governo Federal reconheça a situação que nos aflige tanto e nos dê maior assistência em um momento tão crítico”, comentou o prefeito. As chuvas irregulares não são suficientes para atender as necessidades dos rebanhos nem da agricultura.

 São necessários recursos para a contratação de novos carros-pipa para abastecer as cisternas, a distribuição de cestas básicas para as famílias – principalmente as que não são assistidas por programas sociais e a abertura de frentes de serviços, para a construção de barragens subterrâneas, cisternas de enxurradas, limpeza e ampliação de açudes e aguadas.

 O prefeito enfatizou que a situação vai ficar ainda mais preocupante, caso as chuvas não caiam a partir deste mês, para que em junho aconteça a colheita do outono/inverno. A seca interferiu na tradição de se plantar o milho em março para colhê-lo em junho para fazer a festa em volta da fogueira de São João.

 “São ações sociais e estruturantes que são necessárias”, afirma o secretário de Agricultura, Ozeny Moraes. “Estas são ajudas mínimas diante da extensão dos prejuízos, que ainda serão sentidos durante anos, mesmo que as chuvas voltem a cair regularmente”. Para ele, as ações do Governo do Estado e Governo Federal podem ser consideradas tímidas. “O que precisa são ações estruturantes para se conviver com a seca”. Com informações da SECOM/PMFS.

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