A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deve discutir um aumento do preço cobrado pela energia, nesta terça-feira (24). O acréscimo pode ocorrer devido a um quadro de chuvas fracas e reservatórios baixos, onde vem preocupando o governo e já provoca reavaliação da metodologia de acionamento das bandeiras tarifárias.
Uma das opções na mesa, é a revisão no processo, acarretando em aumento no preço da conta para o consumidor final.
A Aneel afirma que a receita proveniente das cobranças adicionais de bandeiras tarifárias não serão suficientes para cobrir os custos extraordinários com o risco hidrológico e a geração termelétrica que se observa neste ano, o que tende a influenciar os reajustes tarifários do próximo ano.
De acordo com a Aneel, somente entre janeiro e agosto de 2017, o risco hidrológico já custou R$ 7,6 bilhões, segundo levantamento feito pela TR Soluções, com base em números divulgados pela Aneel, e a tendência é de um crescimento expressivo nos meses sucessivos, tendo em vista a piora do cenário hídrico e a consequente elevação dos preços da energia no curto prazo.
Pelos cálculos da TR Soluções, o montante obtido com as cobranças extras na tarifa somaria cerca de R$ 7,5 bilhões se fosse acionada a bandeira vermelha patamar 2 entre agosto e dezembro. Mas em agosto, a bandeira foi vermelha no patamar 1, e em setembro a bandeira foi amarela.
Foto | Reprodução