Comer placenta se torna hábito nos EUA

eating-placentas_fran-3

eating-placentas_fran-3

A placentofagia ( prática de guardar a placenta após o nascimento do bebê para comê-la) é uma prática que vem ocorrendo no estado do Utah, nos Estados Unidos, e em outros locais do país com frequência crescente.

A placenta contém material genético da mãe, do pai e do bebê. Mas a prática ‘pegou’ principalmente entre mulheres brancas, casadas, de classe média, com formação universitária, a maioria das quais relatam experiências positivas de acordo com um estudo recente na revista científica “Ecology of Food and Nutrition”. Também é popular entre mulheres que escolhem ter seus bebês em casa, segundo o estudo.

O órgão passa nutrientes essenciais da mãe para o bebê e contém ferro e hormônios benéficos do pós-parto, como progesterona e ocitocina, por isso supõe-se que ingeri-lo traga benefícios. Mas nada disso tem base na ciência. Já existiram muitos estudos observacionais em humanos, datando desde 1900, e estudos com animais: a maioria dos mamíferos come sua placenta. Mas nunca houve estudos randomizados. “Tem várias coisas que animais fazem e que humanos não deveriam fazer”, diz Mark Kristal, um psicólogo do programa de neurociência comportamental da Universidade de Buffalo.

“Tem várias coisas que fazemos para melhorar nossa saúde que não foram estudadas e provadas pela ciência médica, ainda assim sabemos que funcionam”, diz Bernice Tenort, gerente de enfermagem da ala de partos do Hospital Universitário de Utah.

OUTRAS NOTÍCIAS