Cid Gomes diz que decisão do PSB de sair do governo foi tomada ‘com o fígado’

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Único dirigente da cúpula do PSB a discordar da entrega de cargos do partido no governo federal, o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), disse na manhã desta quinta-feira (19) considerar que a medida foi tomada “com o fígado” e sinalizou com a hipótese de seu grupo político migrar para o PROS, partido em vias de criação que reunirá apoiadores da candidatura de Dilma Rousseff (PT) em 2014.

— Me deparo se devo fazer política com razão ou com a emoção. Eu estava enxergando ali, naquela hora, política com fígado, que não é recomendado. Aquela reunião refletiu muito fígado, muita mágoa, muita queixa e um momento pontual do partido — disse Gomes, em referência ao encontro da Executiva Nacional do PSB na quarta-feira (18), em Brasília, que sacramentou a entrega de cargos no governo federal.

O objetivo da medida foi dar mais autonomia ao plano do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), de se candidatar à presidência no próximo ano.

— Defendo hoje a mesma coisa que o PSB defendeu em 2010. A gente deveria conservar o nosso esforço na preservação, que não vai ser fácil, de nosso espaço nos estados. E ampliar, a partir de entendimentos majoritários, nossa participação no parlamento. Muita gente confunde isso com hostilidade ao Eduardo Campos, não é — afirmou, durante encontro empresarial promovido pelo jornal “Estado de S. Paulo”.

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