Dados da Superintendência de Vigilância e Proteção da Saúde (Suvisa) da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), divulgados recentemente, apontam que o número de casos de coqueluche na Bahia cresceu mais de 25% este ano. Até 31 de maio foram registrados 159 casos; em 2013, no mesmo período, foram registrados 127 casos e 300 confirmações em todo o ano em 64 municípios – Feira de Santana (102), Salvador (58) e Vitória da Conquista (19) foram os que tiveram maior quantidade de casos.
As informações dão conta ainda que, este ano, o município baiano mais afetado até o momento é Feira de Santana, onde se concentram 70 casos – a maioria deles em crianças de até um ano de idade. A profissional de saúde e vice-presidente da Comissão de Saúde e Saneamento da Assembleia Legislativa (AL), deputada estadual Graça Pimenta (PMDB), está preocupada com as informações em questão.
“A coqueluche é uma doença respiratória que pode ocorrer em qualquer época do ano e qualquer fase da vida, mas acomete principalmente as crianças de até dois anos. No caso das crianças e dos idosos, especialmente, a coqueluche pode evoluir para quadros graves com complicações pulmonares, neurológicas, hemorrágicas e desidratação. Por isso é muito importante que os pais e responsáveis das crianças as levem para serem imunizadas no posto de saúde mais próximo, e os adolescentes e adultos precisam manter o cartão de vacinação atualizado. A vacinação é a principal medida de prevenção!”, pontua a parlamentar.
Vale ressaltar que é necessário vacinar as crianças aos dois, quatro e seis meses, e dar reforços aos 15 meses e entre 4 e 6 anos para que a imunização seja completa. Devido ao período de imunização, mesmo quem já teve a doença ou tomou todas as doses precisa se imunizar novamente após dez anos, ou seja, adolescentes e adultos precisam se vacinar. A coqueluche ou pertussis é uma doença infecciosa aguda e transmissível, que compromete o aparelho respiratório – traquéia e brônquios -, e é causada pela bactéria Bordetella Pertussis. De acordo com dados fornecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2010, houve aumento significativo dos casos em adolescentes e adultos no Brasil. Na América Latina, o número praticamente triplicou em cinco anos.
