CPI já! O transporte coletivo feirense causa tormento, desconforto, riscos de vida e terrorismo
A quantia de R$ 2,35 é cobrado do passageiro de transporte coletivo em Feira de Santana. O valor é abusivo e considerado desrespeitoso se avaliadas as condições dos veículos destinados a este serviço público, alvo constante de reclamações e denúncias da população.
“A sensação é de que a qualquer momento ‘vou ficar na mão’”, relata o estudante Antônio Fernando sobre sua insegurança em relação aos ônibus. Não é novidade a deficiência de conservação das conduções e a falta de pontualidade na circulação, mas os métodos utilizados para aquisição de novos veículos chamam a atenção.
A frota atual de ônibus – sujos, quebrados e que chegam a soltar fumaça e pegar fogo –terá troca ou acréscimo por outros, usados, oriundos de outras cidades e estados brasileiros.
Aos feirenses que reivindicam melhores condições do transporte público e que, por vezes, rasgam suas roupas ao sentar nos bancos para se deslocarem para ambiente de estudo, trabalho ou lazer, serão oferecidos mais transportes, porém, reformados como pode ser visualizado nas imagens.
Enquanto o sistema BRT (transporte rápido por ônibus) não é implantado, a solução para o problema de superlotação é “reformar” ônibus. Segundo informações passadas a nossa redação, “ônibus velhos chegaram recentemente e estão todos ao lado da garagem da Princesinha” para que sejam pintados e apresentados a população como novos.
Mesmo diante dessas informações sobre o sistema de transporte que causa tormento, desconforto, riscos de vida e terrorismo em nossa cidade, fomos informados que é intenção do prefeito José Ronaldo renovar por mais cinco anos a licitação com a empresa de ônibus que tem vencimento previsto para o ano que vem.
Para somar, na última quarta-feira (08), a Câmara de Vereadores rejeitou o projeto de lei nº 038/2014, de autoria do vereador Edvaldo Lima. A proposta era acabar o monopólio da Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Feira de Santana (SINCOL) operar isoladamente o sistema de transporte de Feira de Santana, através da 18 de Setembro e Princesinha, representantes de uma única empresa.
Não se sabe por que os vereadores que foram eleitos para defender os direitos da população, fazer as leis e com que elas sejam compridas, ignorou um projeto tão importante, que dava o direito de outras empresas poderem operar no transporte público local.
Ciente de tudo isso, A TV Caldeirão foi às ruas, deu voz ao povo, ouvirá o prefeito municipal e convocou os vereadores Alberto Nery (PT), Edvaldo Lima (PP) e Beldes Ramos (PT) para que nessa segunda-feira (13) o assunto possa ser discutido ao vivo em nossa redação, das 15 às 17h.
Caldeirão do Paulão
