Bolsonaro contradiz decisão do TSE e critica a posição de Moraes

BRASILIA, BRAZIL - OCTOBER 28: Jair Bolsonaro, President of Brazil, gestures during Civil Servant Day Ceremony amidst the coronavirus (COVID-19) pandemic at the Planalto Palace on October 28, 2020 in Brasilia. Brazil has over 5.439,000 confirmed positive cases of Coronavirus and more than 157,000 deaths. (Photo by Andressa Anholete/Getty Images)
BRASILIA, BRAZIL - OCTOBER 28: Jair Bolsonaro, President of Brazil, gestures during Civil Servant Day Ceremony amidst the coronavirus (COVID-19) pandemic at the Planalto Palace on October 28, 2020 in Brasilia. Brazil has over 5.439,000 confirmed positive cases of Coronavirus and more than 157,000 deaths. (Photo by Andressa Anholete/Getty Images)

Nesta sexta-feira (26), o presidente concedeu entrevista de cerca de três horas ao programa Pânico, da Jovem Pan. 

O presidente Jair Bolsonaro (PL) contestou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de que o eleitor deve deixar celular com mesário antes do voto nas eleições deste ano.

A decisão foi do presidente da corte, ministro Alexandre de Moraes, que disse que a medida evita violação do sigilo do voto, coação do eleitor e tentativas de que alguém grave a votação para tentar difundir a tese de que há fraude nas urnas eletrônicas.

“O eleitor ou a eleitora ao ingressar, com o celular, ele o entrega junto com o documento de identidade ao mesário, vota, e depois retira normalmente o seu celular”, disse o presidente do TSE.

“O que eu mais recebi em 2018 foram pequenos vídeos de pessoas pelo Brasil todo que iam votar e ia apertar o 17 e não saia. Dava encerrado, aparecia o Haddad ali e encerrava a votação. Eles querem encerrar isso daí”, afirmou Bolsonaro, voltando a falar sobre supostas irregularidades no funcionamento das urnas eletrônicas e chances de fraudes no pleito.

“Será que não conseguiram sanar isso ou existe propositalmente para tentar mexer no número da votação no final”, questionou o presidente.

O presidente também fez críticas a postura de Alexandre de Moraes contra empresários bolsonaristas, sob alegação de defenderem, em um grupo de Whatsapp, um golpe de Estado, em caso de vitória do ex-presidente Lula. 

“Esse ministro escala o seu delegado da Polícia Federal e determina que faça isso ou aquilo. Quando o delegado, por ordem dele, pede busca e apreensão, e dizem ‘a Polícia Federal’… Não é a PF. Não é, e ponto final. É ele que quer fazer isso daí. É uma interferência buscando atingir seus objetivos, que, no meu entender, é o poder”, afirmou Bolsonaro, alegando que tentou uma aproximação com Alexandre de Moraes, mas que, infelizmente, não teve sucesso.

“É mais uma de uma interferência por semana, é um inferno a minha vida. É uma missão, uma aprovação. Por mim seria amigo de todos eles [ministros], mas cada um no seu quadrado”, concluiu.

Fonte: bnews.com.br

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