O pequeno Paulo Victor, nascido há 42 dias no Hospital da Mulher em Feira de Santana, nem bem abriu os olhos e já luta pela sobrevivência, haja vista que precisa fazer uma cirurgia de alta complexidade.
O recém-nascido, filho de Sandra Nascimento de Oliveira, natural de Ipecaetá, foi diagnosticado pelos médicos pediatras da unidade hospitalar com um problema cardíaco e está internado na Unidade Neonatal Intensiva de Tratamento (UTI). O bebê aguarda por uma transferência para fazer uma cirurgia de urgência. A diretora da Fundação Hospitalar de Feira de Santana (FHFS), Gilberte Lucas e a mãe do bebê, Sandra, entraram com uma ação judicial para conseguir a cirurgia para o recém-nascido.
O problema é que o procedimento cirúrgico só pode ser realizado no Hospital Ana Neri, em Salvador. De acordo com Lucas, desde o nascimento e ate o diagnóstico da cirurgia, o Hospital da Mulher solicitou a regulação via Central Estadual e já encaminhou um documento pedindo ao Ministério Publico e também a Secretaria do Estado à interferência juntamente a Central de Regulação para conseguir urgente uma vaga para realizar a cirurgia do recém-nascido. “O risco de morte é muito grande na questão da saúde do bebe”, declarou Lucas.
“Agora o procedimento é cirúrgico. Então a criança está internada na UTI Neonatal do Hospital da Mulher e recebe todo o apoio do Hospital na parte que foi solicitada pelos profissionais de saúde. Tanto que existem medicamentos específicos e ele está sobrevivendo por causa desse medicamento”, afirma.
Lucas explica que a dificuldade na transferência é que o Hospital Ana Neri é o único referência no estado para a área de cardiologia, atendendo casos de alta complexidade de todo o estado. “A informação que obtive junto a promotoria foi que a central de regulação estendeu o pedido para Central Nacional de Regulação no caso de existir a possibilidade de transferir essa criança para outros estados do Brasil para fazer a cirurgia”, disse Lucas.
A direção da Fundação Hospitalar disse também que todos os dias uma equipe de médicos e psicólogos estão acompanhando o caso e enviam relatórios direto para a Central de Regulação. ”Estamos aguardando uma resposta para vaga, diariamente os médicos acessam a tela da Central e pedem urgência para o caso. O recém-nascido é um menino forte já esta com quase 4 kg, mama de 3 em 3 horas, mas ele esta a base do medicamento então é assim, se suspendermos o medicamento corre o risco de ter um problema grave e perder a vida. Já reabastecemos o estoque de medicamentos justamente a pedidos dos médicos”, informou.
Gilberte Lucas ressalta que especificamente para esse atendimento de alta complexidade a unidade hospitalar de Feira de Santana só encontra o caso de João Victor. Porém o hospital atende crianças prematuras. “Diariamente a nossa UTI neonatal é basicamente 100% cheia, os oitos leitos que disponibilizamos estão ocupados e todas as crianças estão adequadamente amparadas, porém neste momento o caso especifico de alta complexidade que estamos solicitando a transferência é a criança de Sandra. Ainda temos a restrição em atender gestantes que chegam em trabalho de parto prematuro porque estamos com o berçário de médio risco lotado e a UTI lotada.”
Informações – Folha do Estado
