Bahia lidera taxa de desemprego no país

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A Bahia registrou a maior taxa de desemprego do país, nos últimos meses de abril, maio e junho. No segundo trimestre do ano, a desocupação no estado alcançou 12,7% da força de trabalho. O índice é bem superior à média nacional, de 8,3% – a maior da série histórica da Pnad Continua. A pesquisa é realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) desde 2012.

O estado também apresentou o maior índice nacional de desemprego entre as mulheres: 15,3%. O percentual revela um crescimento em relação ao segundo trimestre de 2014, quando o índice apurado entre as mulheres baianas foi de 11,7%.
Segundo o IBGE, os setores que mais desempregaram no segundo trimestre na Bahia, em relação ao mesmo período no ano passado, foram: o segmento da agricultura, pecuária e pesca, com menos 41 mil postos disponíveis, numa retração de 3,3%; seguido da construção civil, com menos 33 mil empregos e retração de 5,7%; e, o ramo de logística, com 12 mil postos a menos e variação negativa de 4,2%.

A pesquisa também revela o crescimento do desemprego tanto em relação ao primeiro trimestre (1,4%) e, ainda mais, na comparação com o segundo trimestre do ano anterior (2,6%).

De acordo com o coordenador de Disseminação de Informações do IBGE na Bahia, Joilson Rodrigues, mais do que a demissão de pessoas, as taxas foram influenciadas pelo aumento da procura por emprego por parte das pessoas em condições de trabalhar, “fruto do crescimento da população”, como frisou.

“Tivemos, em relação ao segundo trimestre de 2014, 235 mil pessoas procurando trabalho, mas o mercado só consegui absorver 15 mil, gerando uma pressão de 202 mil pessoas que se incorporaram à população que já estava desocupada, levando a Bahia a ter este destaque nacional negativamente”, explicou Rodrigues.

O índice no estado só não foi maior devido ao aumento nas contratações em alguns setores, com destaque para a indústria em geral, que gerou 38 mil postos de trabalho, com aumento de 7,4% em relação aos meses de abril, maio e junho.

Também se destacaram na oferta de vagas, o setor de alojamento e alimentação, com geração de 30 mil postos e aumento de 9,8% e o grupo de informação, comunicação e atividades imobiliárias, entre outros, gerando 25 mil empregos, com crescimento da oferta em 4,9%.

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