Austrália: perfil do país com uma das melhores qualidades de vida

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A Austrália é considerada um dos melhores países do mundo para se viver, segundo comparações internacionais considerando riqueza, educação, saúde e qualidade de vida. Segundo a OCDE, Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico, “os australianos estão mais satisfeitos com suas vidas do que a média dos 38 países que compõem a OCDE”. A Austrália tem altos índices de participação cívica, emprego, saúde e expectativa de vida.

Sexto maior país do mundo em extensão territorial – e cercado de água por todos os lados, – sua população é comparativamente pequena, com a maioria das pessoas vivendo em torno das costas leste e sudeste da ilha. Na costa sudeste da ilha estão as principais cidades do país: Sydney, Melbourne e Brisbane.

Acredita-se que os primeiros habitantes do país, o povo aborígene, tenham emigrado da Ásia dezenas de milhares de anos antes da chegada dos colonos britânicos em 1788. Hoje, eles representam menos de 3% dos 23 milhões de australianos.

Anos de imigração em massa, depois da Segunda Guerra Mundial, levaram a grandes mudanças demográficas, fazendo da Austrália um dos países mais multiculturais do mundo. A imigração, entretanto, continua sendo um tema politicamente sensível.

Sydney, na Austrália

CRÉDITO,NICK WILSON/GETTY IMAGES

A cidade de Sydney é uma das principais da Austrália, país com uma das melhores qualidades de vida do mundo

Ao formar sua política externa e econômica, a Austrália primeiro olhou para a Europa e os Estados Unidos, mas no século 21 desenvolveu laços mais fortes com a Ásia. Passou a agir como um poder de pacificação na região, enviando missões de paz para as Ilhas Salomão, o Timor Leste e Papua Nova Guiné.

Embora a Austrália continue sendo parte do Commonwealth (comunidade de nações liderada pelo Reino Unido e que reúne, em sua maioria, ex-colônias britânicas), o futuro papel da monarquia britânica no país tem sido uma questão debatida na política. Entre os desafios de longo prazo afetando os australianos, estão o envelhecimento da população, pressão sobre a infraestrutura e preocupações ambientalistas, como as mudanças climáticas.

FATOS

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Commonwealth of Australia

Capital: Canberra

  • População22,9 milhões

  • Área7,7 milhões de quilômetros quadrados

  • Principal línguaInglês

  • Principal religiãoCristianismo

  • Expectativa de vida80 anos (homem), 84 anos (mulher)

  • MoedaDólar australiano

Fonte: ONU, Banco Mundial

LÍDERES

Chefe de Estado: Rei Charles 3º, representado por um governador-geral

Sua majestade o rei Charles 3º ascendeu ao trono do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte em 2022, após a morte de sua mãe, a rainha Elizabeth 2ª que tinha sucedido seu pai, o rei George 6º em 1952 Em setembro de 2015, a rainha tinha se tornado o monarca mais longevo da Grã-Bretanha, ultrapassando o recorde estabelecido por sua trisavó, a rainha Victoria. O rei britânico também é chefe de Estado de 16 países independentes, incluindo o Canadá e a Austrália. Como monarca constitucional, seu papel no processo legislativo é amplamente cerimonial.

Primeiro-ministro: Anthony Albanese

Anthony Albanese com Penny Wong, Richard Marles, Katy Gallagher e Jim Chalmers

CRÉDITO,GETTY IMAGES

Anthony Albanese (centro) com alguns de seus ministros, Jim Chalmers, Penny Wong, Katy Gallagher e Richard Marles

Em maio de 2022, Anthony Albanese saiu vitorioso de uma batalha interna no Partido Trabalhista, para suceder Scott Morrison, do Partido Liberal, a principal legenda conservadora da Austrália, como líder e novo primeiro-ministro do país.

Os trabalhistas derrotaram nas urnas a coalizão Liberal-National que era liderada pelo então primeiro-ministro Scott Morrison. Durante a campanha pesquisas de opinião indicavam que a coalizão conservadora havia perdido apoio popular com os índices atingindo os níveis mais baixos já registrados. Os eleitores australianos preferiram apoiar candidatos independentes e os da chamada terceira via, liderada pelos trabalhistas.

Albanese é um declarado republicano e defende a substituição da monarquia na Austrália. Em um debate no Parlamento australiano por ocasião das comemorações do Jubileu de Platina da rainha Elizabeth 2ª ele disse entretanto respeitar a monarca. “Você pode ser um republicano como eu, e ainda assim, ter um profundo respeito pela rainha. Ela tem cumprido suas obrigações reais com fidelidade, integridade humanismo e por que não dizer, com bom humor.

Ele confirmou seu desejo de reconhecer os direitos constitucionais dos aborígenes e prometeu realizar um referendo em relação à concessão de participação parlamentar ao povo aborígene. Scott Morrison, por sua vez, tinha assumido a liderança do governo em 2018 após ter derrotado Malcolm Turnbull.

Turnbull, um liberal em questões sociais, conseguiu aprovar o casamento entre pessoas do mesmo sexo e outras medidas no Parlamento, depois de vencer seu antecessor, o mais conservador Tony Abbott, em 2015.

Seus baixos índices de aprovação, porém, levaram a sua liderança ser questionada pela ala à direita de seu partido. Enfraquecido, Abbott deixou o cargo. A mudança deu tempo para que seu ministro das Finanças, o conservador em questões sociais e pragmático Scott Morrison, unisse o partido antes das eleições de maio de 2019, em que a coalizão do governo manteve-se no poder com maioria no Parlamento.

Ministro da Imigração no governo Abbott de 2013 a 2014, Morrison destacou-se ao reforçar a política de interceptação de embarcações de contrabandistas de pessoas antes que elas atracassem na Austrália.

MÍDIA

Jornal australiano

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A indústria de mídia australiana é desenvolvida, mas a propriedade de veículos é concentrada em grandes grupos

 

A indústria de mídia australiana é criativamente, tecnologicamente e economicamente avançada. Exista uma tradição de difusão pública de rádio e televisão, mas emissoras privadas desfrutam de parte do público de espectadores e ouvintes.

A propriedade de veículos de mídia é concentrada. Grupos que lideram o setor incluem News Corp Australia, Seven West Media e Fairfax Media-Nine Entertainment. Cerca de 88% dos australianos têm acesso à internet.

RELAÇÕES COM O BRASIL

As relações diplomáticas entre Brasil e Austrália foram estabelecidas em 1945, com a instalação de representações mútuas nas capitas dos dois países no ano seguinte. Segundo o Ministério das Relações Exgeriores brasileiro, nas últimas décadas a cooperação entre Brasília e Canberra tem aumentado, especialmente no âmbito do G-20, do qual ambos fazem parte.

O Brasil é o maior parceiro comercial da Austrália na América do Sul. O comércio entre as duas nações foi de US$ 1,59 bilhão em 2018, com uma balança favorável aos australianos, que exportaram US$ 1,13 bilhão e importaram US$ 473 milhões naquele ano.

Também nos últimos anos, o Brasil identificou um crescente aumento no interesse de jovens de estudar na Austrália, com um total estimado de 27 mil estudantes brasileiros em solo australiano em 2018.

LINHA DO TEMPO

Importantes datas na história da Austrália:

40.000 AC – Os primeiros aborígenos chegam vindos do sudeste da Ásia. Por volta de 20.000 AC, eles haviam se espalhado por toda a ilha da Austrália e chegado à Tasmânia – pequena ilha na costa sul australiana.

1770 – O capitão James Cook viaja pela costa leste em seu navio HM Endeavour declara o território como possessão britânica, dando-lhe o nome de New South Wales.

1901 – Criado o Commonwealth da Austrália.

1914 – A Austrália envia centenas de milhares de soldados para lutar como parte do esforço britânico na Primeira Guerra Mundial. Sua participação na campanha de Gallipoli, na Turquia, deixa um grande número de mortos e feridos.

Australianos

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Na primeira metade do século 20, a imigração para a Austrália de pessoas que não fossem brancas era restringida

 

1948 – A Austrália lança um esquema de imigração em massa da Europa. Na época, a imigração de pessoas que não fossem brancas era restringida, como forma de manter o país com etnicidade majoritariamente europeia, numa política conhecida como “Austrália Branca”.

2002 – Em Bali, na Indonésia, 88 australianos estão entre as 202 pessoas mortas em atentados a bomba em duas casas noturnas.

2008 – O governo faz um pedido formal de desculpas pelos erros do passado cometidos contra a população indígena aborígene.

2022 – Em junho, o primeiro-ministro, Anthony Albanese entregou documento à ONU (Organização das Nações Unidas) segundo o qual a Austrália se compromete a reduzir as emissões de carbono em 43%. Isto representa um aumento de até 2% sobre a meta acertada pelo governo anterior.

Fonte: BBC

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