A Petrobras anunciou, na última segunda-feira (08), um novo aumento dos preços da gasolina e do diesel que são cobrados nas refinarias.
No caso da gasolina, o aumento é o sexto do ano, e o preço médio do litro passa de R$ 2,60 para R$ 2,84, em uma alta de cerca de 9,2%. Para o litro do diesel, o reajuste anunciado é de R$ 2,71 para R$ 2,86, um encarecimento de cerca de 5,5%. No caso desse combustível, o aumento é o quinto no ano.
Na manhã desta quinta-feira (11), os principais personagens no uso dos combustíveis, os profissionais que atuam no transporte diário de passageiros, falaram um pouco sobre suas preocupações e receios sobre o aumento.
De acordo com Luiz Carlos, que atua como mototaxista há sete anos, o prejuízo é grande e o valor não está sendo repassado para os clientes.
‘É a primeira vez que eu vejo a gasolina chegando a quase R$ 6, é um preço absurdo e a gente continua passando o mesmo valor, não tem condições de aumentar com a crise que a gente está, diminuiu o número de passageiros e estamos pedindo a Deus para tudo se resolver e a gente conseguir trabalhar’, diz.
Mesmo com as dificuldades, o mototaxista, que fica estabelecido no cruzamento da JJ Seabra com a avenida Sampaio, de segunda a sábado, afirma que sempre negocia e não deixa de levar o passageiro.
‘Em média, para curtas distâncias, a gente cobra unas R$ 7, mas não fica sem levar, conversamos, negociamos. Só não trabalho no domingo porque o movimento é pequeno, não vale a pena’, relata.
O motorista Denilson Gomes que realiza o itinerário Conceição do Jacuípe para Feira de Santana e vice-versa, abastece com diesel e se diz preocupado com efeitos que os aumentos no preço do combustível vem causando no exercício das atividades.
‘Me pergunto onde a gente vai parar com essa situação, com tanto aumento, vai chegar um dia em que a gente não vai nem tirar a van de casa porque não vamos ter condição de cobrar uma passagem no valor compatível ao preço do diesel, no próximo dia 15 teremos o aumento de R$ 1 no preço da passagem, custa RS 7 e vai para RS 8’, conta.
Segundo Denilson, apesar da reclamação dos consumidores, no momento, não há outra alternativa.
‘Algumas pessoas reclamam porque geralmente sobe R$ 0,50, estamos há quatro anos sem subir e agora fomos obrigados a subir esse R$ 1, com esse aumento um atrás do outro, não tem alternativa. Não dá para aumentar mais porque o passageiro não tem condições de pagar, se tiver mais aumento, a gente não sabe o que fazer’, lamenta.
Informações: Bom Dia Feira