Para as crianças, o período de férias escolares é sinônimo de muito lazer, viagens e brincadeiras ao ar livre. Por conta disso, os pais e responsáveis devem redobrar a atenção, pois os riscos de acidentes tendem a aumentar consideravelmente.
Morador do bairro Engenho Velho da Federação, em Salvador, um paciente de 13 anos fraturou a tíbia no dia 5 de janeiro, em uma partida de futebol durante as férias em Feira de Santana.
O garoto foi atendido e acompanhado pela equipe de ortopedia no ambulatório do Hospital Estadual da Criança (HEC). “Colocamos um aparelho gessado na tíbia do paciente. Esse tratamento deve permanecer por três meses até a consolidação óssea”, explica o ortopedista Cláudio Soares, que orientou à família a procurar acompanhamento nas unidades de saúde da capital baiana ao retornar para casa.
A curiosidade natural dos pequenos abre caminho para situações perigosas, que muitas vezes podem ser prevenidas com medidas simples.
Crescimento
De acordo com o coordenador de ortopedia do HEC, dr. Ailton Pedreira, a faixa etária de 4 a 11 anos é a que traz maior preocupação nesta época do ano, quando o atendimento no ambulatório e emergência do HEC crescem em torno de 20%.
“Nas férias atendemos aproximadamente 30 crianças por dia. As fraturas mais comuns afetam os membros superiores: cotovelo, antebraço, clavícula, mas fraturas de fêmur também são recorrentes. Chegamos a realizar um mutirão com 10 cirurgias ortopédicas por dia. Em dias normais, a média é de três cirurgias/dia”, destaca o médico.
Cuidado ao volante
Além das quedas, os registros de intoxicação, queimaduras, afogamento e acidentes nas rodovias que passam por Feira de Santana também são mais frequentes que nos outros meses do ano.
Segundo os cirurgiões do hospital, o número de intervenções realizadas por conta de acidentes automobilísticos e ingestão de bebidas alcoólicas aumentam sensivelmente neste período.
