Após quatro meses em queda, custo da cesta básica fica mais cara em Feira de Santana

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A cesta básica oficial, conhecida como ração essencial mínima, definida pelo Decreto-Lei Nº 399, de 30 de abril de 1938, que estabelece 12 produtos alimentares (arroz, feijão, farinha, carne, tomate, banana, óleo, café, leite, açúcar, pão e manteiga) e suas respectivas quantidades, passou a custar R$ 502,90 no mês de novembro de 2023, em Feira de Santana. Este valor representou um pequeno aumento de 0,27% em comparação com o mês de outubro, interrompendo uma sequência de quatro meses de quedas. A despeito da elevação neste mês, verifica-se redução de 2,76% nos preços da cesta básica neste ano.

Segundo a pesquisa mensal do Programa ‘Conhecendo a Economia Feirense: custo da cesta básica e indicadores socioeconômicos’, da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), comparativamente ao mês anterior, a banana e o arroz foram os principais responsáveis pelo aumento do valor da cesta, com elevações de 8,41%, e 4,49% nos preços médios, respectivamente. Além desses, outros produtos contribuíram para a elevação do preço da cesta, como a carne e a manteiga, que registraram alta de 1,8% e 1,76% respectivamente. A farinha, o açúcar e o café apresentaram alta inferior a 1%. No que tange aos alimentos que apresentaram redução em seus preços médios em relação à outubro, destacam-se o tomate (-5,15%), o leite (-3,64%), o óleo de soja (-3,33%) e o feijão (-3,06%).

Sobre as variações dos preços dos produtos da cesta básica no último trimestre, no acumulado do ano e nos últimos 12 meses, no último trimestre (setembro/outubro/novembro), o preço da cesta básica caiu 3,88%. Dos 12 produtos que a compõem, sete apresentaram queda de preço médio. As maiores reduções foram observadas para o tomate (-20,73%), o feijão (-12,45%) e o leite (-10,87%). Já os aumentos mais expressivos no trimestre foram registrados para o arroz (7,15%) e a banana (4,02%). A desaceleração dos preços dos alimentos da cesta no último trimestre é também observada no acumulado do ano e nos últimos 12 meses, ainda que com menos intensidade. No período de janeiro a novembro deste ano o valor da cesta acumulou queda de 2,76% e entre novembro de 2022 e novembro de 2023 a cesta reduziu 0,07%.

Com relação a evolução do valor da cesta básica em Feira de Santana nos últimos doze meses, segundo a pesquisa ao longo desse tempo, houve períodos de elevação e redução dos preços médios, mas com predomínio de queda, particularmente entre junho e outubro, resultando, assim, em tendência descendente no valor da cesta, expressa pela linha vermelha.

Quanto à importância do alimento (preço médio e quantidade estabelecida) na composição da cesta em novembro, verifica-se que a carne permaneceu como o item que mais pesou na sacola de compras do feirense. Com a aquisição da carne, o cidadão gastou 22,81% de todo o valor destinado à alimentação. O pão também se manteve como o segundo item mais representativo na composição da cesta básica, tendo correspondido a 17,40% do custo da cesta em novembro. O almoço tradicional do feirense, composto por arroz, feijão, carne e farinha, representou em novembro 36,84% do valor alocado pelo cidadão na aquisição da cesta básica, resultando em um gasto de 0,32 ponto percentual (p.p.) maior que o observado no mês anterior (36,52%). Já o custo do café da manhã, constituído de pão, manteiga, café, leite e açúcar, absorveu 36,68% do orçamento com a alimentação básica, participação um pouco inferior àquela do mês de outubro (36,99%).

Diferentemente dos dois meses anteriores, o custo com o almoço ultrapassou os gastos relativos ao café da manhã. O aumento nos preços do arroz e da carne e a queda no preço do leite explicam essa inversão.

No que se refere à participação dos alimentos da cesta no salário mínimo líquido vigente (salário mínimo descontado a previdência), constata-se que o trabalhador de Feira de Santana comprometeu 41,19% do seu ganho com a aquisição dos 12 produtos em novembro. Trata-se de um comprometimento apenas 0,11 ponto percentual maior que o calculado em outubro (41,08%). Quanto ao tempo de trabalho gasto para a compra dos produtos da cesta, verifica-se um dispêndio de 90 horas e 36 minutos, isto quer dizer que o(a) trabalhador(a) dedicou 14 minutos a mais que o observado no mês anterior (90 horas e 22 minutos).

Folha do Estado

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