Anderson Silva defende UFC de críticas por pagar pouco

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As reclamações das bolsas pagas pelo UFC tem se tornado cada vez mais recorrentes entre os lutadores. E a bronca não vem apenas de profissionais de pouca expressão. Recentemente, Renan Barão e José Aldo vieram aos microfones para demonstrar insatisfação com os salários que são pagos pela organização. Na contramão dos compatriotas, Anderson Silva preferiu ficar ao lado do UFC quando questionado sobre o assunto.

“É muito simples. Para resumir, uma vez que você tem um contrato e quer mudá-lo, não prejudicando ninguém, está tudo certo. Porém, quando você assina um contrato, tem que ter mais cuidado. O UFC não obrigou ninguém a assinar nada. O que acontece é que alguns atletas assinam o que não é bom e depois se arrependem. Acho que, talvez, eles precisem de uma assessoria melhor na hora de fechar alguma coisa, um advogado que entenda tudo muito bem, para, aí sim, assinar ou não”, disse Anderson, que se prepara para encarar Nick Diaz, no próximo sábado, no UFC 183, em Las Vegas.

“Eu tenho minha opinião formada e não posso reclamar de nada. É verdade que tenho meus arranca-rabos com o Lorenzo (Fertitta) e o Dana (White), mas sempre falo com eles e temos uma relação muito boa. Acho que isso é fundamental para os atletas, precisa existir isso. Os dois lados tem que ceder um pouco para que todo mundo fique feliz”, completou.

O mal-estar entre lutadores brasileiros e a organização começou com Renan Barão, então campeão dos galos. O atleta potiguar não gostou de ter recebido cerca de R$ 53 mil no UFC 169, enquanto Urijah Faber, que foi vencido por Renan, recebeu cerca de R$ 240 mil. Depois foi a vez de Wanderlei Silva, que atacou o UFC após anunciar sua aposentadoria. “Usam a gente para ganhar dinheiro, vocês não respeitam, não pagam e não dão nada ao atleta. Apenas migalhas, agora chega. Eu estou de olho em vocês. A verdade agora vai aparecer”, disparou na época.

Por último, mas não menos importante, José Aldo também endossou o coro. “Nós ganhamos muito menos do que merecemos. Nós fazemos o show e merecemos receber mais. Os protagonistas do show praticamente pagam para lutar. Os atletas não vêm sendo tratados como merecem”, disse o único campeão dos penas do UFC, que ainda prometeu conversar com a organização para tentar melhorar essa situação.

Oficialmente, José Aldo recebe aproximandamento US$ 240 mil cada vez que vence uma luta, sendo US$ 120 mil apenas para entrar no octógono e mais US$ 120 pela vitória, além de eventuais bônus. Em sua última luta, no UFC Rio 5 contra Chad Mendes, o campeão dos penas ainda embolsou mais US$ 50 mil por ter feito a luta da noite. Ao todo, levou cerca de R$ 665 mil, sendo que ele ainda precisa arcar com impostos, treinos, técnicos e viagens.

Após reclamar publicamente da bolsa do UFC 169, Barão teve um aumento significativo. Mesmo com a derrota para TJ Dillashaw no UFC 173 e, consequetemente, a perda do cinturão, ele levou para casa US$ 74 mil. Se tivesse vencido, teria dobrado o volar, chegando a um total de R$ 380 mil.

Já Anderson Silva está um nível acima dos brasileiros quando a questão é salário. No UFC 162, sua primeira derrota para Chris Weidman,ele recebeu cerca de R$ 1,32 milhão, 12,5 vezes mais que Weidman, que ficou com R$ 105 mil. Na segunda luta, apesar da lesão, ele ainda faturou US$ 600 mil, aproximadamente R$ 1,4 mi. Weidman também teve um aumento considerável e embolsou US$ 400 mil (R$ 1 mi).

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