Advogado de Bolsonaro é acusado de receber R$ 9 milhões de empresa dos irmãos Batista

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O advogado Frederick Wassef teve uma reunião, no final do ano passado, com o Grupo de Trabalho da Lava Jato na Procuradoria-Geral da República (PGR) para tratar do acordo de delação firmado pelos irmãos Joesley e Wesley Batista e outros executivos da JBS.

O acordo, por sua vez, está sob ameaça após decisão de rescisão em 2017 e o tema ainda depende de  julgamento pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com membros do MPF, o advogado procurou o grupo para tratar de uma repactuação, considerando os benefícios que a JBS teria trazido com a delação dos executivos.

Com isso, Wassef, que já era advogado do presidente Jair Bolsonaro, estaria trabalhando para que a PGR desistisse do pedido de rescisão. De acordo com matéria publicada nesta quinta-feira (20) pela revista Crusoé, Wassef teria recebido R$ 9 milhões da empresa, sem explicar, ainda conforme a publicação, a razão dos pagamentos.

No início da gestão de Augusto Aras, Wassef também se reuniu com o coordenador da Lava Jato, o subprocurador-geral da República José Adonis Callou de Araújo Sá. Além dele, na mesma sala estava a procuradora Clara Noleto, que também integrava o Grupo de Trabalho, mas que recentemente, em meio à crise interna na PGR, deixou o grupo.

Segundo a assessoria de Aras, Wassef esteve na PGR para uma visita de cortesia logo depois que ele foi empossado no comando do Ministério Público. No entanto, a assessoria afirmou que o chefe da PGR desconhece a ida de Wassef para falar do acordo firmado com a JBS com os assessores que cuidavam da Lava Jato.

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